A Cinemateca Brasileira oferece a oportunidade rara de exibição da película inacabada de 1949 "A Mulher de Longe!
Para maiores informações acessem:
http://www.cinemateca.gov.br/programacao.php?id=290
CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
Conheço mal o cinema brasileiro! :-((
ResponderExcluirSorry!
Abraço
Estimado Confrade e Ilustre prof. João Paulo
ResponderExcluirO filme original de Lúcio Cardoso fala sobre uma mulher acusada de levar desgraça para uma ilha. No elenco estavam Fernando Torres, Orlando Guy e Iracema Vitória.
Segundo Daniel Daipizzolo
Em seus aproximados 70 minutos, A Mulher de Longe apresenta uma reconstituição narrativa com pretensões líricas sobre a restauração de um filme perdido e inacabado do escritor mineiro Lúcio Cardoso, autor de importantes obras da literatura nacional, como Crônica de uma Casa Assassinada, adaptada para o cinema por Paulo Cesar Saraceni – com quem também contribuíra com outros roteiros, como Porto das Caixas -, e também parceiro de Lacerda, diretor do longa, em filmes como O Enfeitiçado e Mãos Vazias. Filmado em 1949, este seria o primeiro e único trabalho de Cardoso como cineasta, mas foi interrompido por falta de dinheiro, sem jamais ser retomado. O material estava arquivado junto à Cinemateca Brasileira e foi recentemente descoberto, motivando Lacerda a, mesmo sem o roteiro original e munido apenas de fragmentos imagéticos, tentar montá-lo à sua maneira.
Há uma relação direta entre o cineasta e o escritor que dá a este A Mulher de Longe uma atmosfera de admiração passional. Além das imagens originais, Lacerda filma tomadas complementares – com um trabalho de câmera muito distante da proeza dos registros de Cardoso – e distribui pelo filme cenas do processo de restauração das películas originais e também de outros trabalhos roteirizados por ele. O desejo aparente é de fazer uma grande reverência ao escritor, que apesar de não concluir seu único projeto de cinema também canalizou sua expressividade artística na pintura. No ano em que completaria seu centenário de vida, o lançamento do filme presta uma homenagem a Lúcio Cardoso – apesar de a oportunidade de conferir as imagens registradas por ele ser bem mais interessante do que o filme de uma forma geral.
Já em Dino Cazzola – Uma Filmografia de Brasília, as imagens resgatadas pertencem ao cinegrafista italiano Dino Cazzola, que acompanhou a construção e os primeiros anos de Brasília. É o segundo filme da programação da Mostra a abordar a conturbada construção da capital nacional e suas cidades satélite – sendo o outro A Cidade é uma só?, com o qual o filme rende paralelos interessantes. Uma Filmografia de Brasília nasce a partir do delicado processo de restauração dos arquivos de Dino – as imagens iniciais em que latas dos filmes são abertas e vemos a maior parte do material completamente podre e inutilizável são particularmente fortes, mais ainda dentro de um contexto como o deste festival – e apresenta imagens também inéditas, guardadas há anos na casa do cinegrafista, e que mostram um recorte deste período fundamental da história recente brasileira.
O documentário intercala a história do próprio Dino com imagens de Brasília, sua construção e primeiros anos, todas elas sob a perspectiva do cineasta – apesar de alguns fatos serem trazidos ao filme através de materiais da imprensa da época, especialmente para contextualizar a ascensão da ditadura militar, sob a qual Dino operaria a partir de 1964. O trabalho de Andréa Prates e Cleisson Vidal possui um mesmo tom de veneração e contemplação também presente em A Mulher de Longe, fazendo um documentário limpo, com uma narrativa preocupada essencialmente com a prestação de serviço de resgate – o que de certa forma pode limitar a discussão daquelas imagens tão emblemáticas, tornando o filme mais importante como acesso a estes registros históricos do que como princípio para um debate político sobre a cidade e o período retratados. A restauração, porém, está feita.
Visto na 7a Mostra de Cinema de Ouro Preto
Abraço amigo saudações pardalescas
Caro amigo António Cambeta!
ResponderExcluirO Detetive Pardal está de parabéns por mais esta brilhante investigação!
Muito obrigado pela deferência!
Caloroso abraço! Saudações restauradoras!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Cara confrade Rosa dos Ventos!
ResponderExcluirCreio que os filmes produzidos aqui não são rotineiramente exibidos no reino distante além-mar!
Caloroso abraço! Saudações cinéfilas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
É um facto, João Paulo ! Não me recordo de ter visto, por cá, um filme brasileiro nas salas de cinema ! :((
ResponderExcluirTelenovelas, sim e em quantidade excessiva ! :))
Não tenho, por isso, a menor ideia sobre a expressão internacional do cinema brasileiro. :((
Creio que o mesmo acontecerá no sentido inverso ! :))
Abraço !
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Caro amigo Rui da Bica!
ResponderExcluirSuas ponderações estão corretas!
De vez em quando assistimos películas do notável cineasta português Manoel de Oliveira!
Caloroso abraço! Saudaçõe cinéfilas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Mais um filme que me era totalmente estranho, caro Prof. João Paulo de Oliveira.
ResponderExcluirAquele abraço e votos de bfds!!
Caro amigo Pedro Coimbra!
ResponderExcluirTambém não conhecia esta película!
Caloroso abraço! Saudações cinematográficas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP