Funeral do Conde Dall`Aste Brandolin, na época o Cônsul da Itália em
São Paulo, vendo-se a marcha fúnebre enquanto esta passava pela Rua das
Palmeiras, na região central de São Paulo, em 1917.
Fonte: http://www.ibamendes.com/2012/05/os-grandes-funerais-do-brasil-i.html
Quantos viéses...
Fonte: http://www.ibamendes.com/2012/05/os-grandes-funerais-do-brasil-i.html
Quantos viéses...
Aparte o tema em si, uma das coisas que me desperta a atenção nesta época é o "modelo único" de chapéus (palhinhas ?) dos homens ! Todos iguais, sempre ! :)))
ResponderExcluirCreio que nos dias de hoje estes funerais de "gente importante" perderam bastante do interesse público !(?), talvez porque "os meios" utilizados nos funerais sejam outros !(?).
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Caro amigo Rui da Bica!
ResponderExcluirConcordo com seu comentário!
Resta saber se o sepultamento foi no cemitério da Consolação ou Araçá.
Bem, esta investigação deixo para o sempre atuante e prestativo Detetive Pardal!
Caloroso abraço! Saudações memorialistas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirO Pardal andou investigando, e esse funeral do qual apresenta a foto deveria ser do Conde Angiolo Dall`Aste Brandolini, avô de Maria Angelina Matarazzo, família originaria de Francesco Antonio Maria Matarazzo (1854-1937) era um italiano que chegou ao Brasil em 1881 em busca de melhores condições de vida. Começou trabalhando como mascate, e mais tarde ele montara uma pequena fábrica para processar banha de porco, depois passou a fabricar as embalagens metálicas do produto o que o levou a montar uma metalúrgica. Mais tarde começou a vender arroz, massas, óleos, peixe e trigo em um supermercado. Logo ele funda a companhia Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.
O Império Matarazzo crescia cada vez mais em diversos setores como alimentício, têxtil, navegação de cabotagem, indústrias siderúrgicas, altos investimentos em ferrovias e hidrelétrica
Francesco não pertencia à nobreza italiana nem à nobreza de outros países da Europa, no entanto, no Brasil, já bilionário, alguns de seus filhos vieram a se casar com membros da alta nobreza italiana. Entre os quais, suas filhas Olga e Cláudia Matarazzo, que casaram-se com Francesco Ruspoli, 8º príncipe de Cerveteri, e o príncipe Giovanni Alliata Di Montereale, respectivamente; e seus filhos Giuseppe e Attilio Matarazzo, casados com Anna de Notaristefani dei Duchi di Vastogirardi e Adele dall'Aste Brandolini, respectivamente. Para que não ficasse mal perante a nobreza, em função de entes da alta nobreza italiana estarem casados com plebeus, as referidas famílias com que os filhos de Francesco Matarazzo estavam casados fizeram um lobby com o rei Vítor Emanuel III da Itália. Após várias respostas negativas por parte do então rei da Itália, a Itália entra na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse cenário, o monarca italiano disse que dadas as circunstâncias, por se tratar do pai de consortes de membros da alta nobreza italiana, se Francesco Matarazzo doasse milhões de dólares estadunidenses ao Reino da Itália, o rei da Itália conferiria um título nobiliárquico ao mesmo. Após o envio de milhões de dólares estadunidenses e demais mercadorias, recebe do rei Vítor Emanuel III o título nobiliárquico de O Muito Honorável Conde Matarazzo, em 1917. No entanto, o agora conde Matarazzo jamais seria considerado como membro da nobreza por toda a nobreza europeia, somente os descendentes dos casamentos de seus filhos e filhas com os referidos membros da alta nobreza italiana que, é claro, são considerados membros. Por outro lado, com o título de nobreza, Matarazzo viria a ser aceito pelos quatrocentões.
Matarazzo morre em 1937, após uma crise de uremia, na condição de homem mais rico do país, com uma fortuna de 10 bilhões de dólares estadunidenses, sendo proprietário de mais de 350 fábricas.
Não tive acesso ao local onde habitualmente investigo e como tal fico na dúvida qual deles seria esse Conde, e para que cemitério foi levado.
Abraço amigo saudações pardalescas.
~Ps Irei passar o fim de semana na cidade de Pak Chong que dista cerca de 230 kms. de Bangkok.
O funeral do Conde Dall’Aste Brandolini parou a Avenida Paulista, pois o Conde era respeitado e bem quisto por muitos e seguiu para o Cemitério de Araçá (?).
ResponderExcluirSua filha a condessa Adele Dall’Aste Brandolini , casou com o engenheiro Attilio Matarazzo exatamente durante a greve geral, no dia 17 de julho de 1917,com festa na mansão do "magnata" Francesco Matarazzo, ligando-se assim estas duas notáveis famílias.
Esta Nobil Donna e sua filha Filomena, vieram a ser sepultadas no cemitério da Consolação.
Os anos de 1913 a 1917, culminando com uma greve geral, foram muito conturbados, no dizia respeito ao trabalho operário e à indústria, na qual a dos chapéus era dominada pela colónia italiana, muito forte na época, em S. Paulo ! … Daí a quantidade de chapéus visíveis !
(Esta apreciação carece de mais estudo. Não creio que esteja 100% correta):))
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Estimado amigo António Cambeta!
ResponderExcluirDesta vez o Detetive Pardal seguiu outra linha de investigação, porque a ilustre pessoa que investigou não é aquela do funeral de 1917, como confirma nosso amigo Rui da Bica. De todo modo a investigação foi supimpa, porque não sabia deste cunho mercantilista para obter títulos de nobreza!
Caloroso abraço! Saudações investigativas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado amigo Rui da Bica!
ResponderExcluirSua fonte de pesquisa deixou-me com uma dúvida, porque a Rua das Palmeiras fica no bairro da Santa Cecília e na fonte de pesquisa que consultou atesta que a Avenida Paulista parou por conta do cortejo fúnebre,um pouco distante da Rua das Palmeiras e dos cemitérios da Consolação e do Araçá.
Fico cá a divagar o motivo do cortejo fúnebre ter parado a Avenida Paulista e ter uma multidão na Rua das Palmeiras...
Caloroso abraço! Saudações duvidosas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Caro Prof João Paulo.
ResponderExcluirÉ natural que tenha razão. Consultei muitos sites e não me recordo agora onde encontrei essa informação. É um facto que o funeral passou pela Rua das Palmeiras (foto), mas lembro-me que transcrevi aquela frase: "o Conde Dall’Aste Brandolini parou a Avenida Paulista, pois o Conde era respeitado e bem quisto por muitos" (seria o dia do funeral e não o cortejo ?... não posso garantir). :(( Sorry.
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Estimaado amigo Rui da Bica!
ResponderExcluirIndependentemente das fontes fidedignas ou não o fato é que este funeral deixou marcas indeléveis na memória paulistana!
Caloroso abraço! Saudações históricas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Em 1917, "conde angiolo dall'aste brandolini" era consul geral da Itália no Brasil. Na rua Visconde de Rio Branco, 74.
ResponderExcluirAuxilio minha esposa, a Prof. Eliane numa investigação sobre a Greve de 1917. Se você tiver mais informações, seria um prazer trocar.