Caros confrades/passageiros!
A minha amiga, a Dona Miquelina Pinto Pacca, tem um sobrinho, o Onofre Pombalino Pato, que trabalhou como figurante na série televisiva "Fantasy Island" entre nós intitulada "A Ilha da Fantasia", produzida de 1978 a 1984. Os protagonistas da série, Ricardo Montalban (1920-2009) e Hervé Villechaize (1943-1993), respectivamente interpretaram os personagens: Sr. Roarke e Tattoo e recepcionavam os hóspedes que iam aquele local paradisíaco para realizar suas fantasias. O Onofre contou para a Dona Miquelina, que todos comentavam nos bastidores das filmagens que os protagonistas da série tinham um "affair" e para confirmar os rumores disse que só observar como os dois se miravam nas cenas que faziam juntos... Não desejo macular a imagem de quem não está mais entre nós apenas contei o que o Onofre contou para a Dona Miquelina. Folguedos a parte, se tivesse a prerrogativa de visitar uma ilha similar a Ilha da Fantasia sabem quais seriam as minhas fantasias?!...
Seriam:
1) Estar na Ilha da Fantasia sem as dores atrozes na coluna, zumbido no ouvido e pressão arterial elevada que me atormentam...
2) Encontrar minha amada imortal, a inigualável atriz Gene Tierney (1920-1991) que de braços abertos e sorrindo diria ao me ver:
- Meu querido, finalmente você veio ao meu encontro!!!!
3) Assistir as peças de teatro em que atuou a grandiosa atriz Cacilda Becker (1921-1969)!!!!!
4) Personificar o Hercule Poirot para devendar os assassinatos ocorridos no Castelinho da Rua Apa, em 1937, bem como os assassinatos que aconteceram no restaurante chinês, bem próximo da Praça da Sé, em 1938...
5) Ser súdito do inesquecível e erudito Imperador Dom Pedro II (1825-1891) e pertenceria ao círculo de amizades da nobilíssima paulistana Domitília de Castro Canto e Melo (1797-1867) mais conhecida como Marquesa de Santos e claro seria um abolicionista.
6) Mandar para a fogueira e para os quintos dos infernos todos os malditos algozes da maldita e odiosa Inquisição, mas antes de mandá-los para a fogueira e para os quintos dos infernos os faria padecer das torturas que infligiram as pessoas que pensavam e agiam de modo diverso ao estabelecido...
E vocês, caros confrades/passageiros deste vagão do Expresso do Oriente, que fantasias queriam ver realizadas na Ilha da Fantasia?!...
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirMuito me apras saber que Onofre Pombalino Pato, sobrinho da Dona Miquelina tomou parte no filme Ilha da Fantasia e que contou os affairs havido entre os actores.
Indagou o meu Ilustre Comprade qual seriam as escolhas dos passageiros do Expresso do Oriente, dir-lhe-ei, que preferia passar uma temporada na Ilha dos Amores.
Não sofrendo de pressáo arterial, em virtude andar a tomar CAPRIL, só teria um problema a resolver, mas isso deixava a cargo das deusas, visto que por lá, e desde os tempos em Camões narrou a sua estada por lá, se sabe que os produtos afrodosiacos naturais porvêm de lá.
Não seria aluno de ninguém, não viria filmes ou peças de teatro, somente belas e adoradas donzelas e isso me fazia feliz.
Um abraço amigo
A Ilha dos AmoresVendo agora a frota em segurança no seu regresso a Portugal, Vénus pede a ajuda do seu filho Cupido para juntar os amores e ferir as nereidas com as flechas do amor. Com as ninfas e Tétis sob esta influência, coloca uma ilha mística na rota dos portugueses, e a ela traz os amantes.
ResponderExcluir“Ó que famintos beijos na floresta,
E que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta,
Que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã, e na sesta,
Que Vénus com prazeres inflamava,
Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.”
— A Ilha dos Amores. Canto IX, estrofe 83
Podem ser consideradas três descrições no episódio da Ilha dos Amores:
O locus amoenus: o cenário onde decorre o encontro amoroso (estrofes 52 a 67 e mais algumas até ao final do canto) é típico do locus amoenus, com os seus chãos maciamente relvados, águas límpidas e cantantes, arvoredos frondosos e até um lago. O poeta fala ainda da simpática fauna que aí se cria e dos frutos que se produzem sem cultivo. É um cenário paradisíaco, idílico, de écloga.
A alegoria: com um arrojo inesperado para um maneirista, Camões descreve o encontro dos nautas com as ninfas que os esperavam, industriadas por Vénus. O amor que experimentam é de paixão: imediato, arrebatado e carnal. E fica dado o recado aos que condenam a expressão mais física do amor: «Melhor é experimentá-lo que julgá-lo, Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.»
A recompensa dos portugueses tem um sentido alegórico: «Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Tethys e a Ilha angélica pintada, Outra cousa não é que as deleitosas Honras que a vida fazem sublimada» (estrofe 89). A terminar o canto, dirigindo-se ao leitor, reforça a intenção alegórica e incita aos feitos de valor: «Impossibilidades não façais, Que quem quis sempre pôde: e numerados Sereis entre os heróis esclarecidos E nesta Ilha de Vénus recebidos».
Leonardo: Camões, o indefectível cantor do amor, não quis, e se calhar não pôde, evitar que isso se reflectisse n'Os Lusíadas. Se os amores mal sucedidos do Adamastor deixam entrever o caso real do poeta, Leonardo (estrofes 75 a 82) aqui representa a consumação do seu sonho. Repare-se que as queixas deste navegante recordam as do poeta na lírica e como é um lamento delicado e belo.
Em um pormenor curioso, houve a intenção de separar e dignificar Vasco da Gama na carnalidade do episódio. É acompanhado por Tétis até a um magnífico palácio de cristal e ouro, enquanto os restantes marinheiros e as suas companheiras ficam nas praias e nos bosques.
Abraço cá do alentejano ex- marinheiro que em casca de nóz andou por este marés do oriente.
Cambeta
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
ResponderExcluirQue suas fantasias tornem-se um fato não somente na Ilha da Fantasia!!!!
Caloroso abraço! Saudações fantasiosas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Caro pf JP..
ResponderExcluirAs minhas fantasias são inconfessáveis, mas uma boa parte delas eu realizei com o portuga, que conheci em Coimbra..
Nem às paredes eu direi, principalmente agora que sei que o Onofre Pombalino Pato anda à espreita !!!
Tenho que zelar por minha reputação, para não dar vazão às más linguas.
abços fantasiosos e sigilosos..
Cara confrade Cristina Fonseca!
ResponderExcluirNão fique apoquentada, porque o Onofre Pombalino Parto digo Pato também ficou encantado com você!!!
Caloroso abraço! Saudações pombalinas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Segui esta série, há muitos anos, ainda em Portugal.
ResponderExcluirAchava piada.
Um abraço
Caro confrade Pedro Coimbra!
ResponderExcluirTambém acompanhava esta série televisiva...
Caloroso abraço! Saudações televisivas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP