Caros confrades/passageiros!
Sempre tive grande apreço pela nobilíssima paulistana Domitília de Castro de Canto Melo (27/12/1797-03/11/1797) e periodicamente visito seu jazigo no sepulcrário da Consolação!
Recentemente tomei conhecimento do precioso documentário que versa sobre sua vida e resolvi apresentá-los neste vagão do Expresso do Oriente!
No ano de 2009 escrevi uma Epístola Pauliana com o escopo de prestar tributo a esta inesquecível paulistana! Republico esta Epístola Pauliana para acompanhar o documentário:
Recentemente tomei conhecimento do precioso documentário que versa sobre sua vida e resolvi apresentá-los neste vagão do Expresso do Oriente!
No ano de 2009 escrevi uma Epístola Pauliana com o escopo de prestar tributo a esta inesquecível paulistana! Republico esta Epístola Pauliana para acompanhar o documentário:
Excelentíssima Senhora
Domitília de Castro de Canto Melo
Nobilíssima Marquesa de Santos:
Ouso chegar a presença de Vossa Graça, por meio desta missiva, interrompendo suas litanias Olimpianas, para externar o grande apreço que tenho por Vossa Graça, que deixou marcas indeléveis na história do Brasil Império!!!!...
Vossa história de amor, com o nosso garboso Imperador D. Pedro I, ainda causa o maior "frisson" na contemporaneidade!
Infelizmente, por motivos alheios a vossa vontade, Vossa Graça não foi nossa Imperatriz...
Após 22 anos da sua ida para o Olimpo, o filho do seu grande amor D. Pedro I, foi destituído dos seus Poderes, porque foi instaurada a República no vosso amado Império, que ainda tem palmeiras e sabiás.
Será que Vossa Graça conheceu minha trisavó, a Sra. Joaquina Maria do Espírito Santo (1808-1898), que morava distante três léguas da sua morada, mais precisamente na Freguesia de São Bernardo?
Vossa Graça acredita que surgiu uma lenda, que um local que não existia no vosso tempo de vivência, lá no alto da Serra do Mar, era ponto de encontro de Vossa Graça com Sua Alteza Imperial?!...
Tenho conhecimento que na vossa idade outonal, Vossa Graça dedicou-se inteiramente à caridade, inclusive doando terras para a construção do Sepulcrário da Consolação, onde repousam gloriosamente seus despojos mortais. Sempre que possível visito seu jazigo...
No vosso tempo de vivência Vossa Graça ficou chocada, quando teve conhecimento do livro a Origem das Espécies, do notável cientista, do reino distante além-mar, Charles Darwin?!.. Será que a notícia chegou a São Paulo de Piratininga, alguns anos antes da sua viagem sem volta para o Olimpo!!!...
Vossa Graça nem imagina as transformações vertiginosas, que este maltratado e fascinante mundo, em que agora habito, passou depois dos 145 anos que Vossa Graça foi para o Olimpo!!!!... Não vou incomodá-la com as questões da minha contemporaneidade, porque senão Vossa Graça pensará que tenho pacto com Mephistófeles, porque nunca, jamais, em tempo algum, acreditará em minhas palavras, mas só darei um pequeno vislumbre do que ocorre nos dias em curso: Em alguns países, existem leis que permitem o casamento de pessoas do mesmo sexo e aqui é permitido a união estável homoafetiva!!... Vossa Graça, Vossa Graça!!!!... Por Dionísio, que bafafá involuntariamente criei lá no Olimpo!!!!!... Perdoe-me, Vossa Graça, acho melhor não falar mais dos fatos da contemporaneidade!!!!...
Quero que saibas, que sempre a venerei, venero e venerarei!!!!!...
Respeitosas saudações, deste seu eterno vassalo e admirador!!!!...
Até breve....
Domitília de Castro de Canto Melo
Nobilíssima Marquesa de Santos:
Ouso chegar a presença de Vossa Graça, por meio desta missiva, interrompendo suas litanias Olimpianas, para externar o grande apreço que tenho por Vossa Graça, que deixou marcas indeléveis na história do Brasil Império!!!!...
Vossa história de amor, com o nosso garboso Imperador D. Pedro I, ainda causa o maior "frisson" na contemporaneidade!
Infelizmente, por motivos alheios a vossa vontade, Vossa Graça não foi nossa Imperatriz...
Após 22 anos da sua ida para o Olimpo, o filho do seu grande amor D. Pedro I, foi destituído dos seus Poderes, porque foi instaurada a República no vosso amado Império, que ainda tem palmeiras e sabiás.
Será que Vossa Graça conheceu minha trisavó, a Sra. Joaquina Maria do Espírito Santo (1808-1898), que morava distante três léguas da sua morada, mais precisamente na Freguesia de São Bernardo?
Vossa Graça acredita que surgiu uma lenda, que um local que não existia no vosso tempo de vivência, lá no alto da Serra do Mar, era ponto de encontro de Vossa Graça com Sua Alteza Imperial?!...
Tenho conhecimento que na vossa idade outonal, Vossa Graça dedicou-se inteiramente à caridade, inclusive doando terras para a construção do Sepulcrário da Consolação, onde repousam gloriosamente seus despojos mortais. Sempre que possível visito seu jazigo...
No vosso tempo de vivência Vossa Graça ficou chocada, quando teve conhecimento do livro a Origem das Espécies, do notável cientista, do reino distante além-mar, Charles Darwin?!.. Será que a notícia chegou a São Paulo de Piratininga, alguns anos antes da sua viagem sem volta para o Olimpo!!!...
Vossa Graça nem imagina as transformações vertiginosas, que este maltratado e fascinante mundo, em que agora habito, passou depois dos 145 anos que Vossa Graça foi para o Olimpo!!!!... Não vou incomodá-la com as questões da minha contemporaneidade, porque senão Vossa Graça pensará que tenho pacto com Mephistófeles, porque nunca, jamais, em tempo algum, acreditará em minhas palavras, mas só darei um pequeno vislumbre do que ocorre nos dias em curso: Em alguns países, existem leis que permitem o casamento de pessoas do mesmo sexo e aqui é permitido a união estável homoafetiva!!... Vossa Graça, Vossa Graça!!!!... Por Dionísio, que bafafá involuntariamente criei lá no Olimpo!!!!!... Perdoe-me, Vossa Graça, acho melhor não falar mais dos fatos da contemporaneidade!!!!...
Quero que saibas, que sempre a venerei, venero e venerarei!!!!!...
Respeitosas saudações, deste seu eterno vassalo e admirador!!!!...
Até breve....
João Paulo de Oliveira
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirO Pardal após ter lido a famosa Epístula Pauliana, foi logo saber quem foi e a vida de Domitília, já que o cemitério da Consolação é já bem conhecido do Pardal.
Domitila de Castro do Canto e Melo, primeira e única viscondessa com grandeza e marquesa de Santos, (São Paulo, 27 de dezembro de 1797 — São Paulo, 3 de novembro de 1867) foi uma nobre brasileira, célebre amante de Dom Pedro I, imperador do Brasil, que lhe conferiu o título nobiliárquico de marquesa em 12 de outubro de 1826.
Primeiro casamento
Em 13 de janeiro de 1813, Domitília, aos quinze anos de idade (completaria dezesseis em dezembro desse ano) casou-se com um oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de 1824.
Do casamento nasceram três filhos, Francisca, Felício e João (morto com poucos meses, pois, durante sua gravidez, Domitília foi espancada e esfaqueada pelo marido em 1819).
Tem seguimento
Abraço amigo
Continuação
ResponderExcluirO caso de amor com D. Pedro I
Em 1822, Domitila conheceu Dom Pedro de Alcântara (1798–1834) dias antes da proclamação da Independência do Brasil, em 29 de agosto de 1822. O Príncipe-Regente estaria voltando de uma visita à Santos , quando recebeu, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, duas correspondências (duas missivas da imperatriz Leolpoldina e uma de José Bonifácio de Andrada e Silva) que o informava sobre as decisões da corte portuguesa, em que Pedro deixava de ser Regente para apenas receber e acatar as ordens vindas de Lisboa. Indignado por essa "ingerência sobre seus atos como governante", e influenciado por auxiliares que defendiam a ruptura com as Cortes, especialmente por José Bonifácio, decidiu pela separação do reino de Portugal e Algarves.
Pedro, que tinha fama de mulherengo. Em 9 de maio de 1826 seriam legitimados passaportes para a Europa de uma francesa, Adèle Bonpland, em companhia de uma filha e de um criado índio: fora amante do Príncipe. Outra francesa foi Madame Clemence Saisset, cujo marido tinha loja na Rua do Ouvidor. A Baronesa de Sorocaba, irmã de Domitila, pertenceria à lista.
Em 1823 o imperador a instalou na rua Barão de Ubá, hoje bairro do Estácio, que foi a primeira residência de Domitila no Rio de Janeiro. Posteriormente em 1826 recebeu de presente a "Casa Amarela", como ficou conhecida sua mansão, no número 293 da atual avenida D. Pedro II, perto da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão - onde hoje funciona o Museu do Primeiro Reinado. Comprou a casa do Dr. Teodoro Ferreira de Aguiar e mandou contratar uma reforma em estilo neoclássico com o arquiteto Pedro José Pézerat. As pinturas murais internas são obra de Francisco Pedro do Amaral, os baixos-relevos internos e externos por Marc Ferrez e Zephérine Ferrez. Mais tarde a casa foi comprada pelo barão de Mauá, e por volta de 1900 pelo médico Abel Parente, protagonista de um dos maiores escândalos do Rio, em 1910. Passou a ser museu do Primeiro Reinado no final dos anos 1980. Domitila mudou-se em 1826 e ali viveu até 1829.
Domitila foi, em 12 de outubro de 1825, feita viscondessa de Santos e, em 12 de outubro de 1826, elevada a primeira marquesa de Santos. Seus pais foram agraciados com benesses imperiais, seu irmão Francisco feito ajudante de campo do Imperador. Constava que seus ciúmes tinham encurtado a vida da imperatriz Leopoldina, que sua ambição era ver o Imperador legitimar seus filhos, tornando-os príncipes de sangue e assim em pé de igualdade com os filhos legítimos.
Dom Pedro e Domitila romperam em 1829, quando segundo o comentário da época (pois nada se comprovou) ela tentou balear a sua própria irmã Maria Benedita (baronesa de Sorocaba), ao descobrir seu relacionamento com o Imperador – que teve como fruto: Rodrigo Delfim. Porém, o maior motivo para a separação foi devido as segundas núpcias de D. Pedro I com Amélia de Leuchtenberg. Ele procurava desde 1827 uma noiva nobre de sangue e seu relacionamento com Domitila e os sofrimentos causados a Leopoldina por este, eram vistos com horror pelas cortes européias e várias princesas recusaram-se a casar-se com Pedro. Uma das cláusulas do contrato nupcial de Amélia e Pedro dizia que ele deveria afastar-se para sempre de Domitila e bani-la do império.
Posteridade ilegítima de D. Pedro I
Nasceram-lhes cinco filhos:
um menino natimorto (1823)
Isabel Maria de Alcântara Brasileira (1824–1898), duquesa de Goiás
Pedro de Alcântara Brasileiro (1825–1826), falecido antes de completar um ano
Maria Isabel de Alcântara Brasileira (1827), duquesa do Ceará, que morreu com meses de idade, antes de lhe ser lavrado o título
Maria Isabel II de Alcântara Brasileira (1830–1896), condessa consorte de Iguaçu.
Continua
Abraço amigo
II - continuação
ResponderExcluirTítulos
Em 4 de abril de 1825 é nomeada Dama Camarista da Imperatriz, recebe o título de viscondessa de Santos em 12 de outubro do mesmo ano. Em 12 de outubro de 1826 tem seu título elevado à marquesa de Santos. A referência a Santos era uma clara afronta aos irmãos Andradas, naturais dessa cidade e então exilados na França.
Domitila ainda recebe em 4 de abril de 1827 a Ordem de Santa Isabel de Portugal. As datas 4 de abril e 12 de outubro são referentes ao nascimento da rainha de Portugal, Dona Maria da Glória e de seu pai, d. Pedro I, respectivamente. Nesses natalícios, comendas, títulos e anistias eram distribuídas como parte das comemorações.
Relacionamento
Consta de livros de história do Brasil a descrição: "Pedro I ficou perdidamente apaixonado pelos seus encantos, pois era uma linda luso-brasileira 'sensual de seios fartos e quadris volumosos, chamada carinhosamente pelo imperador do Brasil de 'Titila, a bela…'"[carece de fontes].
O amor ardente do casal, descrito em obras diversas do Brasil, abalou profundamente o prestígio de D. Pedro I na corte e as interferências políticas de Domitila prejudicaram seu governo. A história do Primeiro Reinado mostra que, graças a gestos impulsivos, demitiu e perseguiu vários ministros, tomou decisões temerárias, cometeu erros difíceis de perdoar.
Em junho de 1829, quando estava já acertado o casamento de D. Pedro I com princesa de Leuchtenberg, Amélia de Beauharnais, o embaixador da Áustria no Rio de Janeiro, Marechal, escreveu a Viena: "O Imperador D. Pedro acabou por se convencer de que a presença da Senhora de Santos seria sempre inoportuna e que uma simples mudança de residência não satisfaria ninguém; ele insistiu na venda de suas propriedades, o que segundo soube já foi providenciado e na sua partida para São Paulo em oito ou dez dias". O Imperador acabou comprando os prédios de São Cristóvão por 240 contos (240 apólices da Divida Pública (da Caixa d Amortização) de 1 conto de réis), devolvendo a Domitila "em bilhetes de São Paulo" 14 contos de réis, dois contos pelo camarote com que a tinha presenteado, mesada de um conto de réis por mês posto à sua ordem, "ao par ou em bilhetes". Falando do palacete, diz Mareschal: "Servirá à jovem Rainha e sua corte". Tratava-se de D. Maria da Glória, futura rainha D. Maria II de Portugal. Por isso ficaria depois conhecido como Palacete da Rainha, já que efetivamente D. Maria da Glória ali se instalou, embora por curto período.
O segundo casamento
A marquesa conheceu o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794–1857), com quem se uniu em 1833, tendo casado em segundas núpcias em 14 de junho de 1842. Dessa união, nasceram seis filhos: Rafael Tobias de Aguiar e Castro, João Tobias de Aguiar e Castro, Antônio Francisco de Aguiar e Castro, Brasílico de Aguiar e Castro, Gertrudes de Aguiar e Castro e Heitor de Aguiar e Castro, esses dois últimos falecidos na infância.
Bem, sobre a sua velhice não vale a pena falar deixa-se esse assunto para a Lambisgóia que tudo quer saber e contar, para nós que veneramos esta especional e amorosa Marquesa de Santos.
Abraço amigo, saudações pardalecas, sem ciumes do tal famoso Inspector rsrsrs
Caro amigo António Cambeta!
ResponderExcluirEspero que você também tenha apreciado o documentário!
Caloroso abraço! Saudações domitilianas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Extraordinária história de vida, a dessa Marquesa ! ... Será que ainda nenhum cineasta se lembrou de fazer um filme sobre a sua vida ? ...
ResponderExcluirHá mais que "matéria prima" para o efeito ! :)))
Abraço !
.
Caro amigo Rui da Bica!
ResponderExcluirA vida da Marquesa de Santos já foi contada na fascinante Arte das Imagens em Movimento e em telenovelas!
CAloroso abraço! Saudações memorialistas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
O Detective Pardal esmiuçou por completo a vida da Marquesa.
ResponderExcluirNão será caso de devassa da privacidade? :)))
Aquele abraço e votos de bom fim-de-semana
Caro Amigo Pedro Coimbra!
ResponderExcluirNada escapa ao olhar argutíssimo e investigativo do ilustre Detetive Pardal!
Caloroso abraço! Saudações transparentes!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP