Finalmente consegui localizar na íntegra o imperdível curta-metragem "Negócio Fechado"!
Para saber a mais sobre o curta-metragem acesse:
http://portacurtas.org.br/filme/?name=negocio_fechado3350
CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirO Inspector Pardal hoje tendo ficado em casa, viu essa bela pelicula do Negócio fechado e adorou, para tal foi saber mais sobre o assunto
Dois compadres se encontram para um negócio de compra e venda de gado. O interessado em comprar enche de defeitos os animais. O que está vendendo, naturalmente, só tem elogios. Mas além da qualidade do produto eles precisam também acertar o preço...
Todo mundo sabe que a graça de fazer negócio é pechinchar. Mas esses fazendeiros de Minas levam isso às últimas consequências!
Abraço amigo
“Negócio Fechado”, curta-metragem de Rodrigo Costa, produzido em 2001, nos faz lembrar deste Brasil que ainda existe, mas que está a léguas de distância do universo virtual onde travamos nossas conversas, sem ao menos nos conhecermos, sem o olho no olho, sem o aperto de mão ou o abraço. Ambientado nas Minas Gerais, como deveria ser, onde as pessoas ainda se chamam pelo primeiro nome e conhecem toda a genealogia familiar de cada um dos habitantes dos pequenos vilarejos ou cidades onde residem.
ResponderExcluir“Negócio Fechado” resgata uma tradição em desuso, cada vez mais esquecida ou abandonada, herdada dos mascates e viajantes portugueses que seguiam pelas trilhas a vender seus produtos pelas fazendas do Brasil Colônia, a dos embates verbais entre compradores e vendedores, regados por um café ou por algumas doses de cachaça, sempre regidos por um código de convívio baseado na confiança e na amizade, a despeito de qualquer ganho auferido por um dos lados.
Mais que um tratado sociológico, o curta-metragem faz uma viagem no tempo, rumo a um país que era conhecido de todos até pouquíssimo tempo atrás e que hoje, tem que ser resgatado do baú de memórias, percebido a partir de fotografias em preto e branco, esmaecidas e puídas... A fazenda, a rede, o cafezinho na varanda larga e espaçosa, as rosquinhas frescas e quentinhas que acabaram de sair do forno, os compadres, a prosa, o tranqüilo bate-papo, a visita ao curral, a porteira, o cavalo que leva e traz pelas estradas de terra poeirentas... Tudo parece memória apenas... Ou, quem sabe, para aqueles que ainda guardam no meio da metrópole, entre congestionamentos e shopping Centers, um espírito aventureiro e exploratório, pelo menos um bom programa de fim de semana...
O confronto entre a cidade e seu ritmo alucinado e esse campo idílico, dos compadres e comadres, fica claro e evidente com a entrada em cena do jovem recém-chegado da selva de pedra, que diferentemente dos amigos de longa data, não negocia, simplesmente saca o talão de cheques e compra o objeto de seu desejo imediato... Com isso ele simplesmente joga uma pá de cal no mais saboroso resquício de um tempo cada vez mais distante e vago para toda essa geração multi-tarefas do terceiro milênio...
Estimado amigo António Cambeta!
ResponderExcluirEsta análise do curta-metragem nos permite muitos viéses! Destaco a confiança que havia entre aqueles que realizavam um negócio, onde a palavra dada valia mais que qualquer contrato assinado!
Caloroso abraço! Saudações confiantes!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP