CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
sábado, 5 de novembro de 2011
As aventuras do detetive Pardal
Caros(as) confrades!
Meu estimado confrade e amigo António Cambeta enviou-me e depois a meu pedido publicou no seu blog
http://cambetabangkokmacau.blogspot.com
duas histórias envolvendo o sempre irriquieto detetive Pardal, que com seu viés investigativo desvenda qualquer ato ilícito!!! Com vocês o detetive Pardal em ação:
A VIAGEM DO INSPECTOR PARDAL
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
Embora ainda abananado, o Inspector Pardal, segue viagem hoje até sua amada cidade, afim de descobrir o paradeiro do anel de diamantes, de Dona Miquelina, anel esse de gande valor, quer monetário quer de estimação, visto ter sido ofertado por seu ex-esposo, Sr. Ananais Leopoldo Sampaio Torrada.
O assunto que levou o Inspector Pardal até à bela cidade da Bahia, é um assunto que ainda está sendo investigado e está relacionado com o Tren Azul, investigações essas, que vão já bem direcionadas, tendo o Inspector Pardal já na sua posse algumas pistas para desvendar o misterioso crime, ocorrido a bordo do Tren Azul, pistas essas que se estendem por várias cidades da Bahia e de Diadema no Estado de São Paulo.
O Detective Pardal, já está na posse da passagem aérea, que lhe custou 1 015,32 Reais, sairá pelas 16.58 horas do aeroporto Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, utilizando a companhia aérea Tam.
Se apanhar um céu de brigadeiro, pelas 19,25 horas o Airbus A-320, aterrará no aeroporto de Congonhas e dali seguirá de imediato para o vagão Expresso do Oriente, onde Dona Miquelina o espera com muita ansiedade.
Abraço amigo e até breve.
Inspector Pardal
O ANEL DESAPARECIDO NO VAGÃO DO EXPRESSO DO ORIENTE
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
O Inspector Pardal, conforme o tinha já informado, seguiu para sua amada cidade de Diadema, segundo me informou, efectou uma óptima viagem que levou 2.25 horas, sendo óptimamente servido a bordo por uma gentil e simpática hospedeira de origem japonesa, que só tinha olhos para o Inspector e durante toda a viagem ficou a seu lado, servindo-lhe algumas bebidas e um magestoso jantar, tendo até entregue ao Inspector Pardal, um cartão pessoal, com morada e número de telefone, ao fazer entrega desse vistoso cartão, cor de rosa com a sua foto de hospedeira de bordo, informou o Inspector que morava em S.Paulo e que teria imenso prazer o receber em sua modesta casinha, junto ao mar.
Durante a viagem e tendo apanhado um céu de brigadeiro, o Inspector Pardal teve tempo para ir pensando sobre o caso que o levou a sua amada cidade, o desaparecimento do anel de diamantes de Dona Miquelina.
Estando já na posse de muitas informações sobre o ocorrido, informações essas fornecidas, via telefone por Dona Miquelina, o Inspector Pardal está esperançado que, ainda no dia de hoje, o assunto seria desvendado.
Um pouco mais complexo é o misterioso assassinato a bordo do Tren Azul, mas o Inspector Pardal já tem algumas pistas de relevo, e quando regressar a Belo Horizonte irá revolver o caso.
No aeroporto de Congonhas o esperava o valoroso bombeiro Godolfredo, vestido a primor, que prontamente levou o Inspector Pardal até à viatura estacionada no parque, quando não foi seu espanto ali se encontrarem dezenas de alunos da Escola Anita Malfatti que o saudavam.
No parque junto à viatura tinha sido colocado um tapete vermelho
e alguns agentes da polícia ali se encontravam com uma viatura e uma moto, toda aquela recepção deixou o Inspector Pardal bem apardalado, tal era o aparato, que mais parecia a recepção de uma alta dignidade política.
Todo este aparato tinha sido encomendado pela Dona Miquelina, ficando o Inspector Pardal chateado, pois não queria dar nas vistas, na sua ida, a pedido de Dona Miquelina, à bela cidade de Diadema, e nem sequer sonhava que iria ter uma recepção dessa natureza., mas lá teve que se conformar.
Gentilmente o Inspector Pardal se dirigiu aos alunos e os foi cumprimentando, muitas outras pessoas ao grupo se juntaram, pensando tratar-se de uma alta individualidade ou alguma estrela do cinema americano, quando não passava de um simples detective pouco conhecido no meio.
Entrou para a viatura e escoltados por uma carro e uma mota da polícia, lá seguiram para o vagão do Expresso do Oriente, onde o esperava a Dona Miquelina.
Durante a curta viagem, que durou talvez, uns 15 minutos, o valoroso bombeiro Godolfredo, transmitiu um recado emanado do Ilustre Prof. João Paulo, pedindo desculpas de não ter podido ir ao aeroporto receber o Inspector, em virtude de ter sido avisado, à última da hora, que teria que estar presente numa reunião escolar, reunião essa muito importante e à qual não poderia faltar, mas, e segundo informou o valoroso bombeiro, o Ilustre Prof. tinha dito, que assim que a reunião findasse seguiria de imediato para o vagão do Expresso do Oriente, afim de conhecer pessoalmente o Inspector Pardal.
Chegados à gare, lá estava à porta do vagão, de braços abertos a Dona Miquelina, o Inspector Pardal ainda não tinha subido os degraus que davam para o vagão, já Dona Miquelina a ele se dirigiu dando-lhe um forte beijo na face, beijo esse que desequilibrou o Pardal e quase se estatelavam na gare, sorte o valoroso bombeiro se encontrar no local tendo-os amparado.
A Dona Miquelina estava nervosa, mas ao mesmo tempo super contente, chorava de alegria. Seguimos pois para o vagão 4, onde Dona Miquelina tem o seu aposento reservado, o Inspector Pardal ficou um pouco atarentado ao ver a sua fã, a copeira Hermenegilda, esta que, mesmo estando ali presente o seu futuro noivo, se dirigiu ao Inspector Pardar e lhe deu dois calorosos beijos.
Dona Miquelina e o valoroso bombeiro nada disseram, pois já sabiam que a Hermenegilda morria de amores pelo Inspector, mas não passou dali.
Logo de seguida a formosa Hermenegilda nos serviu uns refrescos à maneira, acompanhados de algumas rosquinhas por ela preparadas, de seguida Dona Miquelina pediu ao valoroso bombeiro e sua amada Hermenegilda para sairem, pois desejava ficar a sós com o Inspector, e assim foi.
Dona Miquelina começou a falar sobre o desaparecimento do anel e nunca mais parava, obrigando o Inspector Pardal a ter que a interromper e lhe fazer algumas perguntas.
Como já tinha tomado nota das informações prestadas pela Dona Miquelina, via telefone, sobre o desaparecimento do anel, não seria necessário estar de novo a desfolhar o rosário.
O Inspector Pardal só desejava saber ao certo, se mais alguma pessoa tinha utilizado a casa de banho privativa de Dona Miquelina, esta não sabendo responder à pergunta, foi chamar a copeira Hermenegilda para confirmar os factos, ninguém lá tinha entrado a não ser ela própria e a Hermenegilda, esta somente para fazer limpeza, nada mais.
O Inspector Pardal pediu ao Godolfredo, que nesse preciso momento entrava no vagão, para lhe arranjar uma varinha. Volvidos alguns momentos de novo ali estava o valoroso bombeiro com a varinha pedida. Na posse desta o Inspector Pardal seguiu até à casa de banho privativa de Dona Miquelina, entrou, parou e ficou mirando todo aquele requintado espaço.
Não permitiu a entrada a mais ninguém naquele espaço, e para ter a certeza que poderia investigar sem ser pertrubado, fechou a porta.
Inspeccionou todos os recantos, nada de anel, e era bem plausível o mesmo não estar no chão da casa de banho, visto a copeira Hermenegilda ser uma pessoa muito higiénica, e se tivesse encontrado o anel, por certo, o terei entregue a sua dona.
Olhando para o lavatório o achou interessante e abriu a torneira, aproveitou para lavar as mãos, usando um gel desinfectante para o efeito, ao mesmo tempo que ia vendo a água sair pelo largo buraco do lavatório, buraco esse por onde poderia ter passado o anel da Dona Miquelina, para se certificar, sacou de seu anel e o colocou no buraco, passava perfeitamente.
Então, munida da varinha, que o valorosos bombeiro lhe tinha dado, foi batendo no tubo de escoamento de águas, do lavatório, o som reproduzido pelos toques nada revelaram lá se encontrar algum objecto, mas prosseguindo o mesmo sistema chegou até à curvatura do tubo, e ai sim, o som reproduzido era bem diferente, ali estaria algo, e logo tentou, com suas próprias mãos desenrroscar o tubo, mas o não conseguiu.
Abriu a porta da casa de banho, ali estavam aguardando as notícias, a copeira Hermenegilda e seu amado, o valoroso bombeiro Godolfredo. O Inspector Pardal pediu ao Godolfredo que fosse buscar à casa das máquinas uma ferramenta para poder desenroscar o tubo.
Volvidos alguns minutos ali estava o valorosos bombeiro com uma chave inglesa nas mãos, que prontamente o Inspector Pardal utilizou para desenrroscar o tubo, tinha deixado a porta da casa de banho aberta, e a Dona Miquelina ali estava a ver o trabalho.
Assim que os tubos, em forma de cotovelo, se separaram, eis que se vê ali alojado o anel de diamantes de Dona Miquelina, com muito cuidado, o Inspector Pardal, usando uma pinça o retirou e logo de seguida o passou por água, Dona Miquelina ainda não se tinha apercebido do achado e estava intrigada com a operação que o Inspector Pardal fazia.
Já na posse do anel, mas que anel lindissimo, não o mostrando ainda a Dona Miquelina, pediu aos presentes para se dirigirem para o vagão, onde se foram instalar numas cadeiras em volta do assento privativo de Dona Miquelina, o Inspector Pardal, pediu então à copeira Hermenegilda que lhe fosse arranjar uma caipirinha bem fresquinha, já que o esforço efectuado o tinha feito transpirar.
Vinda a caipirinha, bebeu um gole, sentindo o sabor do alcóol e do açucar deslizarem por sua garganta causando uma sensação de fescura e bem estar.
Olhou para a Dona Miquelina e lhe perguntou se o anel, que seu ex-marido, o Senhor Ananais Leopoldo Sampaio Torrada, lhe tinha ofertado, tinha algum nome gravado, esta respondeu que sim, tinha a data desse seu enlace matrimónial.
Nesse momento, e com muita calma, o Inspector Pardal meteu a mão ao bolso de seu casado e de lá retirou o anel de diamantes e o ia entregar a Dona Miquelina, eis que, esta ao ver seu adoro anel, tão emocionada ficou que desmaiou.
O valoroso bombeiro logo ocorreu segurando-a, enquanto a copeira Hermenegilda se dirigiu ao bar onde encheu um copo de água e apanhou um fraquinho de amoníaco, que abriu e deu a cheirar a sua patroa, logo esta recuperou os sentidos, bebeu o copo de água, olhou em seu redor e começou a chorar, era um choro de alegria, e segurando a mão direita do Inspector Pardal a beijou como prova do seu reconhecimento, este, vendo-a já mais acalmada, lhe colocou em suas mãos o tão valioso e estimado anel de diamantes.
Pegou nele com todo o cuidado, o girou, mirando por dentro onde estava gravada a data de seu enlace nupcial, beijando-o depois, não contendo as lágrimas. Abriu a sua valiosa mala de mão, preta, da marca Pierre Cardin e o guardou bem guardado, só depois é que agradeceu ao Inspector Pardal, por ter descoberto o anel, tendo-lhe perguntado quanto lhe tinha que pagar pelo serviço prestado, o Inspector Pardal, ficou um bocado acanhado e lhe respondeu que tinha sido um prazer ter conseguido desvendar mais um caso, e feliz estava por ter conseguido aceder aos pedidos de Dona Miquelina e encontrado tão estimoso anel.
Nesse preciso momento entram no vagão a lambisgóia do Agrado que andava desconfiada de qualquer coisa, acompanhada do Coronel Espaminondas, que com toda a cortesia cumprimentaram o Inspector Pardal, nada indagando da sua presença ali no vagão 4.
Estando a investigação que o levou à bela cidade de Diadema terminada, e sem querer abordar outros assuntos ali na presença do esposo de Dona Miquelina, se despediu de todo o pessoal, mas, quase lagrimando ao ver a copeira Hermenegilda suspirar, se despediu, e na companhia do valoroso bombeiro, seguiu para São Paulo, indo apanhar o vôo de regresso a Salvador.
Voltaria de novo a Diadema, amada cidade do Ilustre Prof. João Paulo, e então, com mais vagar passariam algumas horas, no requintado vagão 4 do Expresso do Oriente, dando continuação ao bate papo à muito iniciado, a amizade essa perdurará eternamente, e pelo o que o Inspector Pardal ficou a saber, é que a reunião a que presidia o Ilustre Prof. não era mais que uma merecida recompensa pelo seu valioso trabalho realizado em prole da educação, sendo promovido a Director da Escola Anita Malfatti, onde, ao longos dos anos, vêm desempenhando as suas preciosas funções de Guru .
Dentro de dias o Inspector Pardal, após resolver mais um enigmático caso no Tren Azul, regressará a Diadema, não para desvendar mais casos, mas sim, para poder conhecer pessoalmente e confraternizar com tão destinta pessoa que é o Ilustre Dir. Prof. João Paulo.
Até breve
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A história do anel foi cativante e prendeu-me até o final, pois estava curiosa para saber o paradeiro do anel da D. Miquelina.
ResponderExcluirComo estou acomodada no vagão 05, só soube do ocorrido através de 3 passageiras, que embarcaram na Estação da Luz e sentaram-se ao meu lado. Essas senhoras não paravam sentadas e bisbilhotaram todos os vagões.. Logo souberam de tudo que se passava dentro do trem...
Formam elas que me contaram sobre o sumiço do anel de D. Miquelina e o resultado das buscas
do detetive Pardal. Quando souberam que o anel havia sido encontrado, pediram uma dose reforçada de whishy ao Max , que aproveitou para colocar uns soniferos nos seus drinks, para que elas capotassem. Então elas adormeceram e os passageiros do vagão 05 puderam sossegar e dormir o sono dos justos, já que passava das 3 horas da manhã e ninguém conseguia dormir, com a algazarra dessas senhoras.
Como esta viagem não tem destino certo, nem prazo para terminar, não sei até quando vamos aguentar a companhia inconveniente dessas senhoras, que ao que tudo indica, são da Confraria das Beatas Arrependidas e estão em viagem de férias.
Seria previdente o senhor reforçar a vigilância, já que elas prometem tirar o trem dos trilhos!
Se essas senhoras não sossegarem, serei obrigada a prestar queixa na delegacia da px estação.
Até breve..
Cara confrade Cristina Fonseca!
ResponderExcluirVá até a Cabine nº 5 e pergunte a lambisgóia da Agrado, que tudo sabe e tudo vê, a respeito destas três passageiras, porque ouvi rumores que elas não são da Confraria das Beatas Arrependidas, mas sim estavam sôfregas para serem asseclas da Ordem das Filhas de Maria sem Calcinhas, mas como o Todesca não aceitou publicar suas fotografias no seu blog, porque elas não têm os atributos para serem "noviças" e apresentadas a madre superiora do Convento das Redentoras Humilhadas, a irmã Gyoconda Ferro Salgado, ficaram frustradas e resolveram embarcar neste vagão do Expresso do Oriente, para conhecerem o renomado detetive Pardal com o escopo de verificarem se é verdade a fama de insaciáveis que os alentejanos têm!!!!!
Como estou muito atarefado para prestar tributo a minha amada imortal, a inigulável atriz Gene Tierney, que no dia em curso completa 20 anos que foi para o Olimpo, pergunte para a lambisgóia da Agrado se é verdade os rumores que correm neste vagão do Expresso do Oriente que estas três passageiras são as irmãs Cajazeiras, a Dorotéia, a Dulcinéia e a Judicéia!!!
Que a Nossa Senhora dos Caracóis Desesperados nos proteja se de fato as irmãs Cajazeiras embarcaram neste vagão do Expresso do Oriente!!!!
Max!!!!!!!! Traga meus sais centuplicado!!!!
Caloroso abraço! Saudações cajazeiras!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirA lambisgóia do Agrado, teve a lata de telefonar para o Inspector Pardal que se encontra em Belo Horiente, afim de lhe dar conta da ida das irmãs Cazajeiras, a Dorotéia, Dulceinéia e a Judicéia, ao vagão do Expresso do Oriente, e que ficaram muito aborrecidos por não terem lá encontrado o Inspector Pardal.
A lambisgóia do Agrado, que tudo sabe e tem sempre a língua bem afiada, disse ao Inspector para não lhe passar pivede, pois essas irmãs, são rele romeiras, que nem a irmã Gyoconda Ferro Salgado as quis receber no Covento da Redentoras Humilhadas.
Segundo informações prestadas por uma irmã da Confraria das Filhas de Maria sem calcinhas, essas três noviças não pertencem à Confraria das Beatas arrependidas, devido a não terem prestado vassalagem ao Bispo da Ordem, bispos este que as classificou de rameiras de pé descalço e sem atributos para grangearem o Inspector Pardal....
Dentro de dias o Inspector Pardal regressará a sua amada cidade e irá desvendar o passado dessas rameiras.
Abraço amigo
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
ResponderExcluirDiga para o detetive Pardal que este vagão do Expresso do Oriente está sempre aguardando seu embarque!!! Quem sabe ele também não descobre os segredos da lambisgóia da Agrado?!...
Caloroso abraço! Saudações sherlockianas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP