CONVERSANDO COM O HISTORIADOR LUCIO ALVES!!...
Diadema, minha amada cidade, 30 de agosto de 2010.
Caríssimo amigo Lucio Alves!
O dia em curso é muito especial para você, porque é o dia do seu natalício!!!! Fico a divagar a cena da sua chegada neste maltratado e fascinante que habitamos, no dia do seu nascimento, no pujante Estado Meridional, que tanto engrandece o nosso amado Reino digo República!!! Certamente o dia era típico de inverno, numa cidade de clima temperado, com temperaturas baixíssimas e após a expectativa do parto, o júbilo dos seus entes queridos, em especial da sua valorosa genitora, porque um ser vivente que ela gerou chegou incólume à luz!!!!!!
Enquanto sua amada mãe, com amor, zelo e presteza, só pensava em deixá-lo fofinho, alimentado e cheiroso, bem como corria para que o primeiro choro Lucionino terminasse, vigorava o regime ditatorial e tínhamos como Timoneiro Mor imposto, o General Ernesto Geisel!!!... Na fascinante Arte das Imagens em Movimento, os cinéfilos, como este seu amigo outonal, que tinha então 22 anos, nem pestanejavam ao ficarem em estado de comoção com as películas: “Dersu Uzala”, “Profissão Repórter”, “Salò 120 dias de Gomorra e Sodoma” , “A flauta mágica”... Também ficamos consternados com o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, nas dependências do DOI-CODI e desalentados com as cessações das existências dos notáveis seres viventes: Hannah Arendt, Pier Paolo Pasolini, Susan Hayward, Adriana Prieto, Josephine Baker... Também foi o ano que terminou a carnificina intitulada Guerra do Vietnã e o então Estado da Guanabara funde-se com o Estado do Rio de Janeiro... Quando você tinha um ano de vida, este reles escrevinhador outonal ficou num estado de inquietação exacerbada ao assistir a peça teatral “Mumu, a vaca metafísica”, naquela ocasião em cartaz no Teatro Municipal de Santo André-SP!!!!!...
Bem, caríssimo amigo/filho Lucio Alves, este foi meu viés, vislumbrando o ano que você nos deu a graça da sua profícua existência!!!!... Graças a esta fantástica tecnologia cibernética, que veio para revolucionar nosso modo de vida e aprendizagens, bem como nos deu a possibilidade de conhecer pessoas, como você, supimpas, argutas, eruditas, de bem com a vida, que aceitam a diversidade com naturalidade!!!!!!... Inicialmente este contato auspicioso foi de maneira virtual e depois em carne e osso, possibilitando-nos colóquios memoráveis, bem como me deleitar com o personagem que você criou, o argutíssimo espião russo Karpov, que interagia com o meu personagem, o devasso professor escocês, dono do imperdível Cabaret Kit kat, na Berlim belicosa dos idos anos de 1940!!!!...
Isto posto sinto-me um felizardo por tê-lo como dileto amigo!!!!... Na condição de incrédulos somos considerados pela maioria dos nossos semelhantes como seres esquisitos, para não dizer imorais, que necessitam dos valiosos préstimos dos asseclas do renomado Dr. Sigmund Freud, porque ousamos não aceitar os mitos para dar sentido aos insondáveis mistérios do Universo ou possivelmente dos Multiversos!!!... Sua existência prova exatamente o contrário do que apregoa o senso comum!!!!!
Este foi o modo que encontrei para desejar-lhe feliz natalício, com muitos anos vindouros vigorosos!!!!... Que a deusa da Justiça e da Sabedoria o tenha como pupilo sempre!!!!!...
Afetuosíssimo e calorosíssimo abraço! Saudações Karpovianas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Em aditamento a postagem:
Tive a gratíssima satisfação de receber a correspondência eletrônica, que a seguir transcrevo, com a devida anuência do meu caríssimo amigo Lucio Alves:
"Caríssimo amigo,
Tomei a liberdade de postar minha resposta como comentário no Expresso Oriente. No entanto, se o dileto amigo possuia outros planos de postá-la de alguma outra forma, fique totalmente a vontade para excluir o comentário e postá-lo da maneira como desejar. Quero lhe informar que estou de posse do belíssimo mimo que me foi enviado. Acho que se tivessemos combinado com a central de correspondências não teríamos um resultado tão bem sincronizado. Eles efetuaram uma nova tentativa de entrega, a qual foi recebida pela Luane, minha filha, no período vespertino do corrente dia. Como minha amada Renata, de alcunha faca na bota, organizara uma festa surpresa com amigos, vizinhos, colegas de projetos, entre outros, tive a prerrogativa de receber e abrir seu mimo em meio a festa surpresa que me fora presenteada. Fato esse que causou apreciação geral de meus convidados, os quais me solicitaram que lhe repassasse o recado de que consideraram o mimo de muitíssimo bom gosto e afinado com minhas predileções. Parece que o amigo adivinhara meu gosto por fotografias antigas, passei a festa me pavoneando para uma amiga que trabalha para ONU com meu recém recebido mimo, rsrsrrsrsrrs. Não poderia ter recebido presente melhor e mais adequado. Realmente estamos em sintonia. Farei bom uso dele, inclusive ele já começa a me inspirar para um projeto sobre patrimônio histórico que venho pensando em desenvolver. Adorei também o cartão com a Bette Davis, cuja cena acredito ser da película All About Eve, que no Brasil recebera o nome de A Malvada, depois corrija-me se estiver equivocado. Querido amigo, lhe escrevo depois de uma noite supimpa, onde deleitei-me com uma belíssima festa, com minha filha ao meu lado, minha amada Renata, meu futuro rebento e grandes amigos, inclusive este que escrevo, pois certamente o amigo esteve presente o tempo todo em boa energia.
Que a deusa da sabedoria o tenha como pupilo sempre!
Saudações Agradecidas! Até Breve!"
Caríssimo e querido amigo,
ResponderExcluirIniciei minha manhã com os olhos marejados de lágrimas. Confesso meu sentimento de emoção ao ler a Epístola Pauliana em minha homenagem. Acredito que inconscientemente desejava um dia ser mote para um dos episódios epistolares, rsrsrrs. Como é revigorante vivenciar essa era cibernética e perceber a proximidade com pessoas tão especiais que ela nos proporciona. De pessoas que em situações fora da virtualidade, provavelmente não se encontrariam. Pode ter certeza que coloco-o em um desses grandes encontros e sinto-me tomado de um tal orgulho em tê-lo como amigo e como um pai efetivo. Como seria nosso convívio se dividissemos a mesma urbe? Nossa! Quanta flanêrie desenvolveríamos, quantos colóquios acerca dos mistérios do Universo travaríamos, quantas soberbas películas cinematográficas analisaríamos em deleite, quanta efervescência cultural compartilharíamos! Pessoas que dividem esses tipos de atividades têm sua afinidade de certa forma facilitada. Aos que não compartilham, mas ainda assim percebem em alguém distante um par; esses sim rompem a ausência física e possuem elo intelectual e afetivo concretos, pois seguem insistentes em contrariar uma falha do destino que os separou fisicamente. Por isso, o tenho como um amigo de mesmo nível daqueles que comigo compartilharam a infância e as demais fases da vida. Esse é um dos nossos traços de similaridade, insistimos em contrariar o destino e nos colocamos próximos, pai e filho que a vida terrena separou e que era cibernética uniu! Saudações Afetuosas! Até Breve!
Lúcio Alves
Caríssimo amigo/filho Lucio Alves!
ResponderExcluirFiquei enternecido com o sensibílíssimo comentário que você postou na Epístola Pauliana, que lhe dediquei em homenagem ao seu natalício!!!!...
São pessoas, como você, que me dão esperanças de dias melhores!!!...
Afetuosíssimo e calorosíssimo abraço! Saudações emocionadas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP