Diadema, 14 de março de 2017.
Epístolas Paulianas
Conversando com a razão da minha existência.
Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, quanto mais o tempo passa mais a dor da saudades aumenta, principalmente em dias - como o de hoje - a dor da saudade vem com intensidade, porque se a Senhora estivesse entre nós, completaria 94 anos.
Fico cá divagar do auspicioso dia 14 de março de 1923, quando este maltratado e fascinante mundo a viu chegar à luz, no bairro paulistano de Santana. Imagino o júbilo do avô Júlio Xavier Pinheiro (1884-1966) e da avó Belmira Pedroso (1900-1985), quando sua bebezinha primogênita chegou e vivia, sequinha, limpinha, cheirosinha, para a alegria dos seus genitores e demais entes queridos.
A Senhora foi uma mãe extremosa, que nunca mediu esforços para que seus seis bebezinhos, que não foram para o beleleu no tempo de infante (Infelizmente o primeiro bebezinho - certamente para seu profundo desgosto - viveu apenas quatro horas do fatídico dia 18 de novembro de 1942) tornassem cidadãos plenos e probos.
Para o desgosto profundo dos seus desolados e desamparados seis bebezinhos, aquele deus desalmado, Hades, veio buscá-la
- sem delongas - no também fatídico dia 24 de outubro de 2008.
Mãe, peço-lhe perdão pelas noites que a Senhora não dormia até que o bebezinho nº 6 chegasse em casa, pelos seus cuidados intensos quando seus bebezinhos adoeciam.
Também peço - encarecidamente - perdão por dar-lhe o desgosto profundo de tornar-me incrédulo, mas apesar de pedir perdão, continuarei na condição de incrédulo até o dia que acontecer o milagre de dar-lhe um afetuoso, sentido e saudoso abraço e dizer:
- Mãe, que júbilo mor sentir seu aconchegante colo de novo...
Mãe, nunca esqueço quando eu chegava em casa e dizia um rol de entes queridos que não estão mais entre nós e a Senhora dizia exasperada:
- Não presta falar em que já foi. Agora eles repousam em paz no "campo santo" de Vila Euclides.
Ainda bem que seu bebezinho nº 6 sempre foi sapeca, levado da breca e - às vezes - desobediente, porque se seguisse à risca sua recomendação sua memória não viria à baila.
Sempre falo da Senhora para os meus amados netos, bem como do seu amor incondicional pelos seus bebezinhos.
Espero que eles cultuem sua memória no século XXII...
Mãe, que saudades do seu imenso amor e zelo.
Mãe, sempre a amei, amo e amarei.
Peço-lhe a bênção.
Volte, mãe, volte...
Seu bebezinho nº 6 desolado e desamparado.
Apertado e sentido abraço. Saudações saudosíssimas.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
PS - Mãe, mande lembranças para o seu bebezinho primoigênito, Benedito Edmundo, o avô Júlio, a avó Belmira, da avó Maria, do João Paulo, as tias Cida, Antônia, Nôemia, Carmem, Palmira, aos tios Toninho, Ecelêncio, Antônio, Humberto, Candinho, Pedro, Floriano, Jorge, Joaquim , para a Gene Tierney, Carmem Miranda, Cacilda Becker, Luchino Visconti, Giulietta Masina, Lauren Bacall...
Epístolas Paulianas
Conversando com a razão da minha existência.
Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, Mãe, quanto mais o tempo passa mais a dor da saudades aumenta, principalmente em dias - como o de hoje - a dor da saudade vem com intensidade, porque se a Senhora estivesse entre nós, completaria 94 anos.
Fico cá divagar do auspicioso dia 14 de março de 1923, quando este maltratado e fascinante mundo a viu chegar à luz, no bairro paulistano de Santana. Imagino o júbilo do avô Júlio Xavier Pinheiro (1884-1966) e da avó Belmira Pedroso (1900-1985), quando sua bebezinha primogênita chegou e vivia, sequinha, limpinha, cheirosinha, para a alegria dos seus genitores e demais entes queridos.
A Senhora foi uma mãe extremosa, que nunca mediu esforços para que seus seis bebezinhos, que não foram para o beleleu no tempo de infante (Infelizmente o primeiro bebezinho - certamente para seu profundo desgosto - viveu apenas quatro horas do fatídico dia 18 de novembro de 1942) tornassem cidadãos plenos e probos.
Para o desgosto profundo dos seus desolados e desamparados seis bebezinhos, aquele deus desalmado, Hades, veio buscá-la
- sem delongas - no também fatídico dia 24 de outubro de 2008.
Mãe, peço-lhe perdão pelas noites que a Senhora não dormia até que o bebezinho nº 6 chegasse em casa, pelos seus cuidados intensos quando seus bebezinhos adoeciam.
Também peço - encarecidamente - perdão por dar-lhe o desgosto profundo de tornar-me incrédulo, mas apesar de pedir perdão, continuarei na condição de incrédulo até o dia que acontecer o milagre de dar-lhe um afetuoso, sentido e saudoso abraço e dizer:
- Mãe, que júbilo mor sentir seu aconchegante colo de novo...
Mãe, nunca esqueço quando eu chegava em casa e dizia um rol de entes queridos que não estão mais entre nós e a Senhora dizia exasperada:
- Não presta falar em que já foi. Agora eles repousam em paz no "campo santo" de Vila Euclides.
Ainda bem que seu bebezinho nº 6 sempre foi sapeca, levado da breca e - às vezes - desobediente, porque se seguisse à risca sua recomendação sua memória não viria à baila.
Sempre falo da Senhora para os meus amados netos, bem como do seu amor incondicional pelos seus bebezinhos.
Espero que eles cultuem sua memória no século XXII...
Mãe, que saudades do seu imenso amor e zelo.
Mãe, sempre a amei, amo e amarei.
Peço-lhe a bênção.
Volte, mãe, volte...
Seu bebezinho nº 6 desolado e desamparado.
Apertado e sentido abraço. Saudações saudosíssimas.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
PS - Mãe, mande lembranças para o seu bebezinho primoigênito, Benedito Edmundo, o avô Júlio, a avó Belmira, da avó Maria, do João Paulo, as tias Cida, Antônia, Nôemia, Carmem, Palmira, aos tios Toninho, Ecelêncio, Antônio, Humberto, Candinho, Pedro, Floriano, Jorge, Joaquim , para a Gene Tierney, Carmem Miranda, Cacilda Becker, Luchino Visconti, Giulietta Masina, Lauren Bacall...
O mais importante são essas memórias doces que conserva da Senhora sua Mãe, Amigo João Paulo de Oliveira.
ResponderExcluirEssas nada nem ninguém apaga.
Aquele abraço
Caro Amigo Pedro Coimbra.
ResponderExcluirA saudade é infinda...
Caloroso abraço. Saudações saudosas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Emocionou-me, colega!
ResponderExcluirA minha era de 1925...
Partiram, mas ficaram conosco.
Terno Abraço.
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Prezada Majo Dutra.
ResponderExcluirEstamos na mesma sintonia.
Caloroso abraço, Saudações saudosas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem viés, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.