CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
Estimado Comfrade e Ilustre Prof. João Paulo
ResponderExcluirO que seria a vida sem sonhos?...
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Se assim não fosse o meu Estimado Confrade não sonharia com a sua Amada e inesquecivel actriz.
Um abraço amigo, sonhos cor de rosa.
Profamigo e casto confrade
ResponderExcluirEstes sonhos erótico-platónicos são por vezes o único que nos resta - eu disse nos - para sermos mais ou menos felizes.
Mas, cá pra mim, os sonhos de que mais gosto são os de farinha de trigo e os de abóbora que a minha Mãe fazia no Natal - e ainda hoje se fazem.
Bons sonos e bons sonhos.
Abç
Caro confrade e amigo António Cambeta!
ResponderExcluirBelíssimo poema que desvela com primor os sonhos!!!!
Caloroso abraço! Saudações poéticas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Caro confrade e amigo Henrique Antunes Ferreira!
ResponderExcluirAgradeço e retribuo os auspiciosos votos!
Caloroso abraço! Saudações sonhadoras!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP