CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
domingo, 18 de dezembro de 2011
As Aventuras do Detetive Pardal: O Mistério do Trem Azul
O MISTÉRIO DO TREM AZUL
A FOTO DO INSPECTOR PARDAL
Passava pouco da meia noite quando, sentado, e meio ensonado, na confortável cadeira, tendo defronte de mim o gigantesco ecran do computador, eis que o computador me dá um aviso de que no facebook se encontrava uma foto do Inspector Pardal, nos tempos de meia juventude.
Junto a essa foto vinha um aviso, enviado pelo Ilustre Prof. João Paulo, Gerente Geral do Expresso do Oriente, em que dizia:
“Se o bombeiro Godofredo descobrir que a copeira Hermenegilda colocou na bolsa esta fotografia nem quero ver o bafafá.”
O Inspector Pardal logo deixou a sonolência em que se encontravam e leu e releu o aviso, ficando parado olhando para a foto, foto essa tirada quando tinha apenas dezessete anitos, e a primeira coisa que lhe veio à ideia, foi a informação enviada, faz já uns 47 anos, por sua irmã Rosalina, residente na bela cidade museu que tem por nome Évora, ex-Liberalista Julia, na qual dizia que sua ex-namorada, funcionária pública na cidade de Lisboa tinha casado, mas que se dava mal com o marido, visto este a tratar mal, chegando a bater-lhe e tudo por ciúmes.
A Gertrudes, que não era a tal que chegou a ser Santa, andava sempre com a foto do Inspector Pardal em sua bolsa, nunca a tirando de lá, mesmo que seu marido, cujo nome desconheço, fazendo um bafafá dos demónios e a agredindo, nunca por nunca retirou essa foto, a mesma que a copeira Hermenegilda possui em sua bolsa.
Volvidos 50 anos, essa enigmática foto do Inspector Pardal, tirada no ano de 1961 ainda dá que falar e, devido às novas tecnologias chegou até Diadema, amada cidade do Ilustre Professor João Paulo de Oliveira, que por delicadeza, amizade e estímulo a colocou no vagão 4 de seu maravilhosos Expresso.
E foi nesse vagão, numa primaveril tarde de quarta-feira, que a copeira Hermenegilda, acompanhando sua dama Dona Miquelina, após esta ter ido, uma vez mais até à Cripta da Catedral da Sé, desfiar seu “Santo Rosário” e pedir a intercessão do poderoso Cacique Tibiriça e de Nossa Senhora de Guadalupe, que a Dona Miquelina, cheia de sede e de prazer, pediu à Hermenegilda para lhe preparar um refresco de maracujá, indo sentar-se em sua poltrona preferida olhando para a foto do Inspector Pardal, e por ali ficou pensativa observando a foto do Inspector Pardal e recordando seus já falecidos maridos, dizendo até para os seus botões, porque razão nunca tinha feito uma viagem ao Reino de Além mar e visitar a bela cidade museu, podendo dessa forma conhecer em pessoa o Inspector Pardal, e quiçá talvez o tivesse convencido a acompanhar a sua pátria e o empregar numa das suas herdades, dessa forma o tinha sempre à disposição, quando o desejo de amor apertasse.
Foi neste estado que a Hermenegilda foi encontrar a sua patroa, a quem entregou o refresco de maracujá, mas esta tão abtrasta estava olhando a foto do Inspector Pardal, que nem deu por ela.
A copeira, sempre muito serviçal, colocou o refresco sobre uma imaculada toalha de linho que cobria a luxuosa mesinha, seguindo depois o olhar de sua patroa, e se dirigiu até junto da foto, admirando ao mais pequeno pormenor, foi amor à primeira vista, isto fez com que a Dona Miquelina despertasse e calmamente foi saboreando o refresco.
Vendo sua copeira beijando a foto que estava colocada sobre uma cómoda de mogno, junto a uma bela jarra de belas flores, gritou: Que descaramento é esse aí! Beijar a foto desse formoso e belo jovem luso, não te chega a mangueira do teu futuro noivo, o bombeiro Godofredo?
Esta nada respondeu, simplemente ficou pairando no ar um soluço de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, saindo dali em direcção à luxuosa e privativa casa de banho de Dona Miquelina, que com o pretexto de a ir limpar, por lá ficou algum tempo, não limpadado nada, mas sim levando no pensamento a imagem do jovem luso, por lá ficou saciando-se à sua bela maneira, e com pena de não ter junto dela esse tal jovem, do qual iria saber algo mais a seu respeito, já que estava farta das promessas de seu namorado Godofredo que lhe ia comendo as maravilhosas e deliciosas rosquinhas que ia preprando, e que ele delas abusava.
Foi necessário a Dona Miquelina ter de ir à casa de banho para que a Hermenegilda saisse.
Entretando e aproveitando a ausência de sua patroa, sacou de sua máquina fotográfica digital e tirou algumas fotos da foto do jovem luso, e logo pensou em mandar revelar algumas e andar sempre com uma em sua bolsa.
Tinha acabado de guardar a máquina em sua bolsa quando entra o garboso e vigoroso Coronel Epaminondas Albuquerque Pinto Pacca, acompanhado de seu motorista e guarda-costas, o bombeiro Godofredo, seu noivo, mas cujo enlace matrimonial se ia adiando ano após ano, e o pessoal da cidade já comentava e lhe chamava a Sempre Noiva.
Cumprimentou seu amo, mas nem uma palavra dirigiu ao bombeiro, olhando bem para ele, já não sentia aquele amor que nutria por ele, após ter visto e ficando encantada com a pessoa da foto, que um dia desejava conhecer pessoalmente e com ele sim, se entregar no seu todo e desfrutar de prazeres imensos, sem receio que a sirene dos bombeiros tocasse.
O Coronel estranhou a maneira de estar da copeira, afinal ali algo que o fazia desconfiar, seria que se teria zangado com o seu condutor e subordinado bombeiro Godofredo e posto cobro ao namoro de tantos anos?
Seria um caso bastante grave já que ele seria o padrinho de casamento de seu condutor, mais tarde saberia o que andava a pairar entre eles, pediu-lhe que lhe servisse uma caipirinha bem geladinha e outra douradinha (cerveja) para seu guarda-costa, e que trouxesse igualmente algumas alcagoitas.
Despiu o blusão o qual entregou ao Godofredo para colocar no cabine e se dirigiu para a casa de banho, a porta não estava trancada e foi dar com sua esposa, fazendo massagens vaginais o que o deixou em estado de choque e logo regressou ao vagão, transpirando por todos os poros, sentando-se no confortável cadeirão, sua mente era um turbilhão a fervilhar, e quando a copeira Hermenegilda lhe entregou a caipirinha a bebeu de um sôfrego, pedindo-lhe que lhe trazer mais duas.
O bombeiro Godofredo estranhava tudo o que estava a acontecer, olhou em volta do todo o vagão e algo de novo ali se encontrava, era uma foto de um bonito jovem, nada mais viu que pudesse causar tanto mau estar.
Bebeu a cerveja, nada comeu, porque não teve tempo para tal, já que o Coronel lhe ordenou que fosse, com urgência, em busca da lambisgóia da Agrado e a trouxesse à sua presença.
Saindo Godofredo do vagão, veio a copeira com as duas caipirinhas e as postou sobre a mesinha junto ao cadeirão, tendo reparado que o Coronel estava de pifo feito e marimbundo e, com toda a gentileza o tentou reconfortar passando suas macias mãos pelas dele e as beijou, saindo de seguida, visto Dona Miquelina a estar a chamar, o Coronel quando a copeira passou por ele para se dirigir à cada de banho, não conteve a forte visão da bunda dela e lhe deu uma valente apalpadela, ficando assim bem mais calmo, o resto trataria quando a lambisgóia da Agrado chegasse.
Dona Miquelina acompanhada de sua copeira dava entrada no vagão aparentando-se super feliz e com um sorriso estonteante, indo dar um beijo na testa de seu marido, beijo este não conrrespondido, antes pelo contrário, o Coronel quis saber quem era o jovem que estava ali naquela foto toda bem ornamentada, a quem pertencia e a razão de ali estar em vez da sua, já que o vagão quatro era de sua privacidade.
Dona Miquelina ficou embaraçada, sorte a Hermenegilda ter-se adiantado e respondido ao Coronel que a foto tinha ali sido colocada no dia anterior pelo Gerente do Expresso, o Ilustre Prof, João Paulo de Oliveira, para mostar aos ilustres passageiros o jovem luso, mas famoso já em todo o mundo como Inspector, foto essa que hoje ainda a iria mostrar aos ilustre da sua amada cidade e depois a enviaria para a famosa companhia americana Amazon, afim de publicar um livro sobre a vida desse jovem.
O Coronel que de tudo se aproveitava, também ficou admirado com as belas feições do jovem da foto, e associou à foto, a ginástica que sua esposa, nessa quarta feira estava fdazendo na casa de banho, por certo a conselho do poderoso Cacique, não se importante pelo facto, já ele Coronel se ia aproveitando das irmãs Cajazeiras e dando a bunda à lambisgóia do Agrado, ou não foi ele o Comandante do Batalhão de Bombeiros, como tal sua obrigação era a de apagar todos os fogos que deles tivesse conhecimento!...
Ainda está bem recordar daquele dia em que embarcou no Trem Azul e foi-se encontrar no Convento das Redentoras Humilhadas e passado a noite com a irmã Gyoconda Ferro Salgado, que o satisfez de tal modo, que de quando em quando, lá vai passar vistoria às instalações.
Agora e por conselho de uma madre amiga da sua coorporação, deseja prestar auxilio à Ordem das Filhas de Maria Sem Calcinhas, segundo a dita madre, é uma Ordem muito trabalhadora e muito dada possuindo alojamentos luxuososo e discretos para as personagem famosas que auxilia a sua Ordem.
Como se pode deduzir se um dia o valoroso bombeiro Godofredo ter com a foto do Inspector Pardal na bolsa de sua amante, por certo tornar-se-á fã do mesmo e pedir-lhe-á que mande fazer uma cópia da mesma para colocar na viatura a seu cuidado, sentindo-se desta forma protegido e abençoado.
Feliz Natal.
Abração amigo cá do Inpector Pardal Sénior.
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Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirQue grande Pardal me saiu esse inspector rsrsrs.
Por esse andar ainda se afoga nos seios de alguma copeira.
Abraço amigo e muito obrigado pela sua gentileza.
Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirComo sempre escrevo muito rapidamente e não revejo o que escrevo, agora, com mais calma, reli o artigo e reparei em alguns erros ortograficos que pedia ao meu Estimado Confrade que os corrigi-se se faz favor.
Abraço amigo
Meu estimado confrade e amigo Henrique Antunes Ferreira não conseguiu postar o comentário, que enviou-me através de uma correspondência eletrônica que a seguir transcrevo:
ResponderExcluir"Profamigo e casto Confrade
Eu bem tento comentar o Mistério do Pardal Professor, mas o fdp do Blogger não me deixa; diz que não tenho perfil... Por isso, aqui vai o cumentário, com o ??? Posta-lo-á Vossa Insolência em meu nome?
Brigado
Henrique
Profamigo e casto Confrade
Penso que entendi, mas, pelo sim, pelo não, vamos a factos, através de questionário, aliás muito simples.
1) O Professor Pardal é ou não é o Inspector JP Oliveira? Ou será filho da cunhada do padrasto do segundo, perdão, do primeiro, a contar de cima?
2) Mas também pode ser o digníssimo Coronel Epaminondas. Será?
3) E o Godofredo sempre agarrado à sua, dele mangueira, terá hipóteses?
4) O cacique Tiribiça é cunhado do primo da irmã da madre Gyoconda?
5) E qual o parentesco entre a Hermenegilda e a Dona Miquelina? Consogras? Com comadres? Sem?
6) Quem foi o autor do refresco de maracujá? O casto Pardal?
7) Evora-on-Nips fica mais ou menos no Ruanda? Ou em Madagascar de cima?
8) Quem bebeu as caipirinhas, que, segundo fontes bem informadas e absolutamente fidedignas eram afinal caipiroscas? Ficou o Cacique etilizado?
9) E finalmente, ainda que me reserve para mais esclarecimentos futuros:
Os desejos expressos in fine por Vossa Insolência dizem respeito a que anus? O horribilis?
Grato pela atenção que me quiser dispensar, aguardo, tranquilo, a resposta de Vossa Santidade na Travessa do Ferreira, 329,7ª à direita de quem sobe e, curiosamente, à esquerda de quem desce. Ele há coincidências...
Abç"
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
ResponderExcluirQuero ver a hora que os personagens citados embarcarem no cruzeiro sob seu comando!!!
Fiz as correções solicitadas!
Caloroso abraço! Saudações pardalinas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Estimado confrade e amigo Henrique Antunes Ferreira!
ResponderExcluirVamos as respostas:
1) O Professor Pardal é ou não é o Inspector JP Oliveira? Ou será filho da cunhada do padrasto do segundo, perdão, do primeiro, a contar de cima?
O Detetive Pardal é o nosso estimado amigo alentejano António Manuel Fontes Cambeta, que reside em Macau desde 1964.
2) Mas também pode ser o digníssimo Coronel Epaminondas. Será?
O Coronel Epaminondas Albuquerque Pinto Pacca é o quinto marido da minha amiga, a Dona Miquelina.
3) E o Godofredo sempre agarrado à sua, dele mangueira, terá hipóteses?
O bombeiro Godofredo é o noivo da copeira Hermenegilda.
4) O cacique Tiribiça é cunhado do primo da irmã da madre Gyoconda?
O Cacique Tibiriçá é meu longínquo antepassado.
5) E qual o parentesco entre a Hermenegilda e a Dona Miquelina? Consogras? Com comadres? Sem?
A Hermenegilda é copeira da minha amiga, a Dona Miquelina.
6) Quem foi o autor do refresco de maracujá? O casto Pardal?
A copeira Hermenegilda.
7) Evora-on-Nips fica mais ou menos no Ruanda? Ou em Madagascar de cima?
Ora pois, Évora é a cidade museu e foi a cidade que viu chegar neste maltratado e fascinante mundo o Detetive Pardal (António Cambeta)
8) Quem bebeu as caipirinhas, que, segundo fontes bem informadas e absolutamente fidedignas eram afinal caipiroscas? Ficou o Cacique etilizado?
As caipirinhas deixou em estado etílico Coronel Epaminondas Albuquerque Pinto Pacca .
9) E finalmente, ainda que me reserve para mais esclarecimentos futuros:
Os desejos expressos in fine por Vossa Insolência dizem respeito a que anus? O horribilis?
Ao da lambisgóia da Agrado.
Caloroso abraço! Saudações explicativas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP