CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Música inesquecível: Alegria, Alegria (1967)
Caros(as) confrades!
Será que algum dia serei livre para sair sem lenço e sem documento?!...
Max!!!!!! Traga meus sais centuplicado!!!!
Alegria, Alegria
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
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Estimado Confarde e Ilustre Prof. João Paulo,
ResponderExcluirLindo poema este da ALEGRIA, que por várias vezes já ouvi essa bela canção, interpretada pelo magnifico Caetano Veloso.
E aproveitando uma frase desse belo poema "Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou" eu também fui, liás parti, de minha amada cidade.
Abraço amigo
Saudações poéticas
ÉVORA DEIXEI
Évora linda cidade,
onde a noite me viu nascer
agora com saudade
estes versos vou escrever.
Em Évora minha infância passei
com meus pais ao meu lado,
cidade que tanto gostei
até me tornar soldado.
Em Évora eu conheci
o meu primeiro amor,
fo lá que aprendi
a sentir o que era a dor.
Meu pai Deus o levou,
nossa irmã foi a seguir
minha mãe muito passou
para nos criar conseguir.
Nos Salesianos andei,
amor e cristandade aprendi,
na comercial estudei,
à mocidade pertenci.
A apentecite me atacou
não mais quis estudar,
a minha mãe então ordenou
que eu me fosse empregar.
Por marçano comecei
na mercearia do senhor Paulo,
aprendi e me esforcei
trabalhei até criar calo.
Mas depressa me mudei,
e para o Titan fui trabalhar
e ali me dediquei
maior salário fui ganhar.
Lá, de tudo eu pratiquei
desde a montra lavar,
muitos fregueses aviei
até na fábrica trabalhar.
Mais tarde o patrão mandou
da sede conta tomar,
mais responsabilidade ficou
e a pracista fui parar.
Alguns anos trabalhei,
e à noite fui estudar,
mais algum dinheiro ganhei
para minha mãe ajudar.
Mas já farto de canseiras,
na tropa me fui alistar
era jovem, mas sem peneiras
em Tavira e no exército iria ficar.
Fiquei então a conhecer
como homens se formavam,
muito tive que aprender
e todos de mim gostavam.
Para Aveiro então segui,
uma recruta fui ministrar,
muito também aprendi
antes de ir para o ultramar.
Por Évora ainda passei,
mas em Extremoz fui ficar,
em Évora-Monte acampei
no India fui embarcar.
De Évora me despedi
quando a automotora passou,
em meus braços recolhi
beijos de quem me amou.
Mãe e irmâs adoradas,
de mim se despediram
ali ficando caladas,
de seus olhos lágrimas cairam.
A Évora disse adeus,
para Lisboa segui,
e amores que eram meus
para sempre os perdi.
Mas neste humilde coração,
a saudade se instalou
foi o começo e então
meu amor se reforçou.
De Évora jamais esquecerei
do amor que lá deixei,
da vida que lá vivi
para sempre recordarei.
Estimado confrade e amigo António Cambeta!
ResponderExcluirFiquei emocionado ao ler o enternecedor poema que sua maravilhosa verve nos brindou!!!
Caloroso abraço! Saudações alentejanas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP