CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Morte em Veneza!!!!!!!...
Sempre fico em estado de comoção, quando revejo esta imperdível e inquietante película "Morte em Veneza", que o notável cineasta Luchino Visconti, nos brindou nos idos anos de 1971!!!!... Todas as vezes que adentro neste fascinante filme, tenho um outro viés!!!!... Não dá para ficar indiferente com o vazio existencial do personagem Gustav Aschenbach, que ao conhecer o mancebo Tadzio fica perdidamente apaixonado pela sua beleza, sua perfeição. Numa primeira leitura, damos o viés da homossexualidade para esta paixão platônica, mas depois percebemos que esta questão fica em segundo plano... O grandioso Luchino Visconti, que infelizmente não está mais entre nós, desde 1976, com seu olhar argutíssimo, deixa-nos inquietos em cada cena!!!!... Não consigo conter a emoção, especialmente na cena em que Gustav chora copiosamente, tendo como cenário a cidade de Veneza, assolada pela peste ou então a cena final, que só de lembrar, fico... Felizmente, nos dias em curso, tenho uma cópia desta obrigatória película, que me permite vê-la incontáveis vezes, sempre que assim o desejar, mas no início da década de 90 não tinha esta prerrogativa. Nunca me esqueço das peripécias que tive que fazer no ano de 1991 para rever esta película, que na ocasião estava fora de circulação por alguns anos. Naquela época, residia na cidade de Guarujá-SP e estava me restabelecendo de uma fratura na tíbia esquerda, quando leio no periódico Folha de São Paulo, que a película seria exibida na Cinemateca Brasileira, então localizada na Rua Fradique Coutinho, lá no bairro de Pinheiros... Convém enfatizar que estava me locomovendo de muletas, porque ainda não podia tocar o pé no chão com firmeza. Não tive dúvidas, sob o protesto da minha esposa, embarquei num coletivo com destino à capital e claro revi minha diletíssima película, mesmo com legenda em espanhol!!!!... Por Júpiter, o que um cinéfilo voraz não faz para estar em contato com a fascinante Arte das Imagens em Movimento!!!!... Max!!!!... Traga meus sais centuplicado!!!!... Onde está a lambisgóia da Agrado?!...
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