Caros confrades/passageiros!
Sempre que vejo esta fotografia do ano de 1962, que foi
tirada na Casa Pirani, que ficava no bairro paulistano do Brás, na Avenida
Celso Garcia, quando este agora reles escrevinhador outonal e insulso
professorzinho primário aposentado, era um menino sonhador de 9 anos, lembro
com muitas saudades, que nem piscava ao ver a primeira versão televisiva do
"Sítio do Picapau Amarelo", "Teatro da Juventude",
"Vigilante Rodoviário", "I Love Lucy", "Aventuras
Submarinas", "Papai Sabe Tudo", "Além da Imaginação",
"Quinta Dimensão", Histórias Maravilhosas Bendix", "Circo
do Arrelia", "Capitão Sete", Bat Masterson",
"Bonanza", "Combate", "Ivanhoé".
Também naquele ano fiquei aterrorizado com a iminência da 3ª
Guerra Mundial por conta da crise dos Mísseis em Cuba.
Estudava no Grupo Escolar Profª Hermínia Lopes Lobo, na Vila
Assunção, em Santo André-SP, cursando pela segunda vez o 2º ano primário. Não
me perguntem o motivo de reprovação, porque apaguei completamente da minha
memória quem foram as professoras daquele fatídico ano e porque fui reprovado,
tendo em vista que foram várias professoras... Não consigo entender o motivo da
reprovação, levando-se em conta que eu já era um leitor voraz dos livros do
Monteiro Lobato e Júlio Verne.
Apesar de atualmente ser incrédulo não posso negar que sou
oriundo de uma família católica praticante. Naquele ano estava me preparando
para fazer a Primeira Comunhão, que ocorreu no ano de 1963.
Outro fato marcante da minha infância é que desempenhava, com
primor, o papel de segurar vela para que minhas irmãs mais velhas pudessem ir
ao cinema ou então algumas vezes ao Museu Paulista da USP, que sempre foi
conhecido como Museu do Ipiranga. Na condição de vela zeloso eu jurava para as
minhas irmãs e ganhava de mimo chocolates, para não contar para a nossa saudosa
mãe, que elas pegavam na mão dos namoricos que tinham no escurinho do cinema ou
então ao passear nos jardins do Museu Paulista. Claro que quando chegava em
casa não passava meia hora e eu contava tim por tim para minha mãe sobre os
namoricos, bem como que "as meninas", como carinhosamente chamo
minhas irmãs mais velhas, pegaram na mão deles. Dava o maior bafafá... Em
pensar que na contemporaneidade não é a mão dos namoricos que as moçoilas
pegam...
Caloroso abraço! Saudações memorialistas/familiares!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário