CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Revolução Constitucionalista de 1932
Caro(as) confrades!
Tenho grande apreço pelos meus saudosos e destemidos conterrâneos, que lutaram na Revolução Consticuionalista de 1932!!!!!...
Encontrei no google um breve histórico da Revolução de 1932, que dá um viés do que ocorreu naquele período belicoso, onde nós paulistas demos o exemplo aos demais estados da Federação!!!...
A seguir trasncrevo o que encontrei evidentemente citando a fonte:
Em linhas gerais, a Revolução Constitucionalista de 1932 é compreendida como uma reação imediata aos novos rumos tomados pelo cenário político nacional sob o comando de Vargas. Os novos representantes estabelecidos no poder, alegando dar fim à hegemonia das oligarquias, decidiram extinguir o Congresso Nacional e os deputados das assembléias estaduais. No lugar das antigas personalidades políticas, delegados e interventores foram nomeados com o aval do presidente da República.
A visível perda de espaço político, sofrida pelos paulistas, impulsionou a organização de novos meios de se recolocar nesse cenário político controlado pelo governo de Vargas. O clima de hostilidades entre os paulistas e o governo Vargas aumentou com a nomeação do tenente João Alberto Lins de Barros, ex-participante da Coluna Prestes, como novo governador de São Paulo. O desagrado dessa medida atingiu até mesmo os integrantes do Partido Democrático de São Paulo, que apoiaram a ascensão do regime varguista.
Além disso, podemos levantar outras questões que marcaram a formação deste movimento. No ano de 1931, a queda do preço do café, em conseqüência da crise de 29, forçou o governo Vargas a comprar as sacas de café produzidas. Essa política de valorização do café também ordenou a proibição da abertura de novas áreas de plantio, o que motivou o deslocamento das populações camponesas para os centros urbanos de São Paulo.
Os problemas sociais causados pelo inchaço urbano agravaram um cenário já marcado pela crise econômica e as mudanças políticas. Talvez por isso, podemos levantar uma razão pela qual a revolução constitucionalista conseguiu mobilizar boa parte da população paulista. Mais do que atender os interesses das velhas oligarquias, os participantes deste movimento defendiam o estabelecimento de uma democracia plena, onde o respeito às leis pudessem intermediar um jogo político já tão desgastado pelo desmando e os golpes políticos.
Antes de pegar em armas, representantes políticos de São Paulo pressionaram para que o governo Vargas convocasse uma Constituinte e a ampliação da autonomia política dos Estados. Em resposta, depois de outros nomes, indicou o civil e paulista Pedro de Toledo como novo governador paulista. Logo em seguida, Getúlio Vargas formulou um novo Código Eleitoral que previa a organização de eleições para o ano seguinte. No entanto, um incidente entre estudantes e tenentistas acabou favorecendo a luta armada.
Em maio de 1932, um grupo de jovens estudantes tentou invadir a sede de um jornal favorável ao regime varguista. Durante o conflito – que já havia tomado as ruas da cidade de São Paulo – os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo foram assassinados por um grupo de tenentistas. As iniciais dos envolvidos no fato trágico inspiraram a elaboração do M.M.D.C., que defendia a luta armada contra Getúlio Vargas.
No dia 9 de julho de 1932, o conflito armado tomou seus primeiros passos sob a liderança dos generais Euclides de Figueiredo, Isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger. O plano dos revolucionários era empreender um rápido ataque à sede do governo federal, forçando Getúlio Vargas a deixar o cargo ou negociar com os revoltosos. No entanto, a ampla participação militar não foi suficiente para fazer ampla oposição contra o governo central.
O esperado apoio aos insurgentes paulistas não foi obtido. O bloqueio naval da Marinha ao Porto de Santos impediu que simpatizantes de outros estados pudessem integrar a Revolução Constitucionalista. Já no mês de setembro daquele ano, as forças do governo federal tinham tomado diversas cidades de São Paulo. A superioridade das tropas governamentais forçou a rendição dos revolucionários no mês de outubro.
Fonte:
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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Havia, aqui em São João, uma mulher chamada Maria Sguassábia. Na verdade, seu nome de registro era Stella Rosa mas o padre recusou-se a batizá-la com esse nome (não era santo) e resolveu dar-lhe o sacramento com o nome de Maria. Eu passei longa parte de min ha adolescência na casa dela, pois era avô de um amigo meu e muitas vezes ouvia de sua boca, histórias dessa revolução. Ela foi a única mulher a pegar em armas e lutar nas trincheiras junto com os homens. Era uma professora rural e viúva. Tomou do uniforme de um irmão, morto nas refregas, e alistou-se com o nome de Mario. Ela até chegou a prender (na região de Campinas) um importante chefe militar getulista, antes de ser descoberto o fato de ser uma mulher. Revelado seu sexo, teve que abandonar as trincheiras e o cara que foi preso por ela, chorava de vergonha por ter sido preso por uma mulher. Em todos os desfiles cívicos, aqui na cidade, ela era homenageada.
ResponderExcluirEla contava-me coisas muito bacanas.
Abs
João Batista
Caro amigo João!
ResponderExcluirBem que você poderia nos brindar com um conto sobre a notável senhora Maria Sguassábia!
Caloroso abraço! Saudações constitucionalistas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP