CELULOIDE SECRETO, OUTROS VIESES! Este vagão do Expresso do Oriente, sob o comando do Prof Ms João Paulo de Oliveira, um insulso ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus, tem como escopo versar sobre existencialismo, cultura e memória, alicerçado no viés da filósofa Hannah Arendt: "As ideias se estilhaçam frente à realidade". Como é aterrorizante ter ciência da dura realidade de viver sob a égide do "Mito das Cavernas"...
O Todesca está na janela apreciando a paisagem...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Nobilíssimo escritor gaúcho: João Simões Lopes Neto (1865-1916)
Caros(as) confrades!
Com a devida anuência da minha estimada amiga, a jornalista Nivia Andres, tenho a gratíssima satisfação de publicar neste vagão do Expresso do Oriente, a supimpa notícia que ela teve a gentileza de enviar-me!!!!! Assim que recebi a correspondência eletrônica da Nivia enviei ao meu querido amigo Lúcio Alves, que também preparava-se para enviar-me a mesma notícia!!!!
"Olá, caríssimo amigo! Tudo bem?
Adorei a notícia que li hoje no jornal Zero Hora, que reproduzo abaixo. Para o meu e, certamente, o seu deleite, foram encontradas obras inéditas de J. Simões Lopes Neto, que brevemente serão publicadas - Artinha de Leitura e Terra Gaúcha. Estou doida para lê-los. Serão preciosidades! Achei que o Senhor iria gostar da notícia!
Saudações simonianas!
Nivia"
"Clássico dos pampas08/02/2012
Obra didática de Simões Lopes Neto será editada pela primeira vez
Compêndio de histórias e cartilha de alfabetização elaboradas pelo autor de Contos Gauchescos devem ganhar edição em livro este ano.
Obra-prima do regionalismo brasileiro, livro fundamental da identidade gaúcha, o livro Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto (1865 - 1916), completa cem anos de publicação em 2012. Entre as ações comemorativas estão a reedição, pela L&PM, de Contos Gauchescos & Lendas do Sul, com 1,5 mil notas comentadas do organizador Luís Augusto Fischer, e também o lançamento de dois livros inéditos do autor.
São eles Artinha de Leitura, uma cartilha de alfabetização, e Terra Gaúcha, homônimo de um volume sobre história do Rio Grande do Sul que Simões deixou pronto e que foi publicado postumamente em 1955. Este Terra Gaúcha que permanece inédito até hoje, tanto quanto a sua Artinha (palavra que designa um manual de rudimentos de determinada matéria didática), é voltado ao público escolar e revela um autor em meio a uma guinada que seria definitiva para a sua produção intelectual.
Ele escreveu os dois livros na primeira década do século 20 – diz Fischer, que também é o organizador da publicação de ambos. – Antes, ele escrevia muito para teatro. É nesse período que passa a investir mais na linguagem literária e nos temas regionais.
Sabia-se da existência de Artinha de Leitura e Terra Gaúcha há mais tempo, mas o primeiro só foi de fato descoberto em 2008, quando a professora Helga Piccolo folheava um velho livro comprado em um sebo. Pequena caderneta escrita a mão em forma de cartilha, a Artinha simplesmente caiu do meio de suas páginas. Foi doada à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), cidade em que Simões nasceu e viveu, e agora está cedido em comodato ao Instituto Simões Lopes Neto.
Terra Gaúcha, por sua vez, veio a conhecimento público por meio da biografia do autor escrita por Carlos Francisco Sica Diniz e publicada em 2003. Sica Diniz viu o material ao visitar o jurista pelotense Mozart Russomano, que havia herdado o exemplar da viúva de Simões. Por alguma razão, que pode ser uma avaliação precipitada de seu conteúdo por parte de Russomano e alguma bronca pessoal por parte da viúva – ela atribuía à atividade literária parte da culpa pela decadência social do casal, lembra Fischer –, decidiram mantê-lo em segredo.
Adquirido pelo bibliófilo Fausto Domingues após a morte do jurista, o livro enfim será editado. Em dois volumes de aproximadamente 70 páginas, exatamente como foram concebidos por Simões Lopes Neto. O projeto já está aprovado para captar patrocínio por meio da Lei Rouanet, que permite renúncia do Imposto de Renda.
Fischer relata, antecipando o conteúdo do material que será publicado, que Terra é um compêndio de histórias sobre a vida no campo elaboradas para se ler em aula a partir
do modelo de Cuore, clássico de formação do italiano Edmondo de Amicis que acaba de ser reeditado pela Cosac Naify com o título de Coração. É dividido por meses, para ser lido ao longo de todo o ano letivo.
– E tem – observa – uma personagem-chave que é uma preta velha contadora de lendas, a siá Mariana, que relata para meninos a história do Negrinho do Pastoreio. Ou seja, Simões Lopes Neto antecipa em 20 anos o que Monteiro Lobato faria com a Tia Anastácia em Sítio do Pica-Pau Amarelo. Não é pouca coisa."
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Bom dia, caro amigo!
ResponderExcluirEntão, não é motivo de alegria para nós, apreciadores da obra de João Simões Lopes Neto, a descoberta de mais dois livros de sua autoria, que serão publicados ainda este ano?
Fiquei felicíssima quando li a notícia em Zero Hora e, imdediatamente, lembrei-me do Senhor, que tanto gosta da obra desse autor gaúcho. Inclusive, utiliza os escritos dele para deliciar os seus pequeninos, em sala de aula, como podemos ver nos vídeos que disponibiliza nesta postagem.
Tenho certeza de que estas obras descobertas recentemente farão sucesso merecido e contribuirão para engrandecer, ainda mais, a obra de João Simões Lopes Neto.
Saudações simonianas!
Nivia
Caríssima amiga Nivia Andres!
ResponderExcluirTambém fiquei jubiloso com a supimpa notícia!!! Muitíssimo obrigado por avisar-me de pronto!!!
Caloroso abraço! Saudações pampeanas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP