Caros confrades/memorialistas
A minha amiga e parceira de ofício Marilia Sirolli tinha vários chapéus parecidos com os exibidos no anúncio.
No ano de 1904 ela lecionava no conceituado Educandário Caetano e Campos e morava nas imediações do local da sua regência, para ser mais exato, na Rua Rego Freitas nº 69.
Já naquela época, quando amarrávamos cachorro como linguiça, a minha amiga tinha uma legião de admiradores, que sonhavam passear com ela no Jardim da Luz, depois da Missa dominical das 8 horas, na Igreja de Santa Ifigênia.
Num domingo ensolarado deu o maior bafafá na saída da Missa das 8, porque sete dos seus admiradores se envolveram num entrevero, porque queriam acompanhá-la no Jardim da Luz. O entrevero só não teve consequências funestas, porque um bando de beatas zelosas foi chamar o padre Manolo, que de pronto encerrou a contenda ao ameaçar os admiradores da minha parceira de ofício com a excomunhão.
A lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe e tudo vê, disse que a Marília era uma tolinha, porque se você ela iria com os sete admiradores passear no Jardim da Luz, bem como namoraria com os sete.
Já vislumbro o escândalo que seria a minha amiga ser chamada "Dona Marília e seus sete maridos".
Caloroso abraço! Saudações chapeleiras!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver
Fonte do anúncio: http://arqtodesca.blogspot.com.br/
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