Caros confrades passageiros.
O meu amigo, o jornalista, escritor e tanguista, Milton Saldanha
publicou uma crônica, que tem no seu bojo o desnecessidade, do cargo
eletivos de vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito.
No caso de vacância do cargo eletivo, por óbito ou renúncia, assumem, na linha sucessória, o Presidente da Câmara, Senado ou do Supremo Tribunal Federal.
Não tinha pensando nesta proposta, mas os argumentos que o Milton Saldanha trouxe à baila são pertinentes.
Caloroso abraço. Saudações inúteis.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
"Boa hora para extinguir a vice-presidência
Milton Saldanha, jornalista
Desde o impeachment de Dilma o Brasil está sem vice-presidente. Alguém sentiu falta?
Mais do que nunca, e já de olho nas eleições de 2018, está na hora de se extinguir esse cargo inútil, e que só acarreta gastos públicos elevados, com a manutenção de uma vasta estrutura e mordomias, além da corrupção de praxe, até mesmo nas compras para o abastecimento da cozinha do Palácio Jaburu.
Além disso, como mostra a História, com muitos exemplos, o cargo de vice-presidente só serve à manobras, lícitas ou ilícitas, legais ou golpistas, para que o segundo sempre tente, ou sonhe, em ocupar o lugar do primeiro. Nada é mais nocivo para a estabilidade institucional, necessária à missão de governar.
Desde Café Filho, vice de Vargas em 1954, até Michel Temer, para ficar só num período curto da História, os vice-presidentes várias vezes aparecem como sucessores, sem que ninguém tenha votado diretamente neles. Itamar Franco, José Sarney, Temer, todos chegaram à presidência pela porta de vice. Exceto João Goulart, o Jango, eleito em 1955 com mais votos que o titular Juscelino Kubitschek. Naquela época havia votação em separado para presidente e vice. Eles eram de partidos diferentes e opositores. Jango (PTB) foi vice também de Jânio Quadros (UDN). Com a renúncia de Jânio, seguida de tentativa de golpe militar abortada pela resistência da Legalidade, liderada pelo governador gaúcho Leonel Brizola, Jango se tornou presidente. Mas, ao contrário dos outros, estava legitimado pelo voto popular em separado do presidente.
A Constituição já prevê toda a linha sucessória para o caso de morte ou impedimento do presidente. Isso basta, e não gera gastos adicionais ao Estado. Os sucessores têm funções no Legislativo e Judiciário, ao contrário da figura tradicional do vice, num cargo ocioso. Sem governar de fato, o vice está próximo da estrutura do poder e tem tempo de sobra e estrutura a disposição para ficar conspirando, como sempre acontece.
Outra aberração, incompatível com a tecnologia atual nas comunicações, é alguém assumir no lugar de um presidente que viaja ao exterior. Nesses momentos o país passa a ter dois presidentes, um lá fora, outro aqui dentro, um absurdo completo.
Hoje, até dentro do avião, em vôo, o presidente pode exercer plenamente suas funções, sem necessidade de alguém ter ficado em sua cadeira. Isso só serve à falcatruas, porque o interino passa a desfrutar de prerrogativas e privilégios especiais ligados ao cargo.
Acabar com a figura do vice será economia ao País e eliminação de um foco de crises e corrupção. E mais: acaba também com os conchavos espúrios entre os partidos, que negociam o cargo na hora de formar chapas para eleições.
Os mesmos motivos servem para se eliminar, imediatamente, os cargos de vice-governadores e vice-prefeitos."
No caso de vacância do cargo eletivo, por óbito ou renúncia, assumem, na linha sucessória, o Presidente da Câmara, Senado ou do Supremo Tribunal Federal.
Não tinha pensando nesta proposta, mas os argumentos que o Milton Saldanha trouxe à baila são pertinentes.
Caloroso abraço. Saudações inúteis.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
"Boa hora para extinguir a vice-presidência
Milton Saldanha, jornalista
Desde o impeachment de Dilma o Brasil está sem vice-presidente. Alguém sentiu falta?
Mais do que nunca, e já de olho nas eleições de 2018, está na hora de se extinguir esse cargo inútil, e que só acarreta gastos públicos elevados, com a manutenção de uma vasta estrutura e mordomias, além da corrupção de praxe, até mesmo nas compras para o abastecimento da cozinha do Palácio Jaburu.
Além disso, como mostra a História, com muitos exemplos, o cargo de vice-presidente só serve à manobras, lícitas ou ilícitas, legais ou golpistas, para que o segundo sempre tente, ou sonhe, em ocupar o lugar do primeiro. Nada é mais nocivo para a estabilidade institucional, necessária à missão de governar.
Desde Café Filho, vice de Vargas em 1954, até Michel Temer, para ficar só num período curto da História, os vice-presidentes várias vezes aparecem como sucessores, sem que ninguém tenha votado diretamente neles. Itamar Franco, José Sarney, Temer, todos chegaram à presidência pela porta de vice. Exceto João Goulart, o Jango, eleito em 1955 com mais votos que o titular Juscelino Kubitschek. Naquela época havia votação em separado para presidente e vice. Eles eram de partidos diferentes e opositores. Jango (PTB) foi vice também de Jânio Quadros (UDN). Com a renúncia de Jânio, seguida de tentativa de golpe militar abortada pela resistência da Legalidade, liderada pelo governador gaúcho Leonel Brizola, Jango se tornou presidente. Mas, ao contrário dos outros, estava legitimado pelo voto popular em separado do presidente.
A Constituição já prevê toda a linha sucessória para o caso de morte ou impedimento do presidente. Isso basta, e não gera gastos adicionais ao Estado. Os sucessores têm funções no Legislativo e Judiciário, ao contrário da figura tradicional do vice, num cargo ocioso. Sem governar de fato, o vice está próximo da estrutura do poder e tem tempo de sobra e estrutura a disposição para ficar conspirando, como sempre acontece.
Outra aberração, incompatível com a tecnologia atual nas comunicações, é alguém assumir no lugar de um presidente que viaja ao exterior. Nesses momentos o país passa a ter dois presidentes, um lá fora, outro aqui dentro, um absurdo completo.
Hoje, até dentro do avião, em vôo, o presidente pode exercer plenamente suas funções, sem necessidade de alguém ter ficado em sua cadeira. Isso só serve à falcatruas, porque o interino passa a desfrutar de prerrogativas e privilégios especiais ligados ao cargo.
Acabar com a figura do vice será economia ao País e eliminação de um foco de crises e corrupção. E mais: acaba também com os conchavos espúrios entre os partidos, que negociam o cargo na hora de formar chapas para eleições.
Os mesmos motivos servem para se eliminar, imediatamente, os cargos de vice-governadores e vice-prefeitos."
Artigo extremamente lúcido !!!!
ResponderExcluirA isso costuma chamar-se no jargão político jobs for the boys.
ResponderExcluirAquele abraço
Caro Amigo Todesca.
ResponderExcluirEstamos na mesma sintonia.
Caloroso abraço. Saudações desnecessárias.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Caro Amigo Pedro Coimbra.
ResponderExcluirFico exasperado com as mordomias dos políticos.
Caloroso abraço. Saudações exaperadas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.