O dia em curso é de tristíssima lembrança para os entes queridos da Dona Matilde, porque neste fatídico dia do ano de 2008 ela deixou de existir...
Sempre que a dor da saudades fica intolerável tenho um terapia eficaz para atenuá-la, que é... escrever, como se realmente estivesse conversando com minha adorada e saudosa mãe:
Diadema, minha amada cidade, 24 de outubro de 2013.
Epístolas Paulianas
Conversando com a minha adorada e saudosa mãe (14/03/1923-24/10/2008)
Sua benção mãe!
Como o tempo urge...
Infelizmente no fatídico dia 24de outubro de 2008 a Senhora deu o último suspiro...
No seu natalício, Dia das Mães, festejos natalinos e dias como hoje, fica mais insuportável ainda ter ciência que nunca, jamais, em tempo algum, a verei, todavia é esta a dura realidade sem sua presença...
Sabe mãe, seus seis "bebezinhos" ficaram desolados e desamparados, principalmente este reles escrevinhador outonal e insulso professorzinho primário aposentado, porque o amor que a Senhora tinha por nós era imensurável...
Seu sétimo bebezinho primogênito não está desolado, porque viveu apenas quatro horas do fatídico dia 18 de novembro de 1942.
Sei que tive a felicidade de viver 55 anos da minha insulsa existência, tendo-a ao meu lado, entretanto este fato não me conforta quando a dor da sua ausência vêm com intensidade...
Dois dias após seu falecimento escrevi uma missiva comunicando o infausto acontecimento, que a seguir transcrevo:
Diadema, 26 de outubro de 2008.
Profundamente consternado comunico o falecimento da minha adorada e saudosa mãe, a Sra. Matilde Pinheiro de Oliveira, ocorrido no fatídico dia 24 de outubro de 2008...
Ela veio à luz no dia 14 de março de 1923, no bairro paulistano de Santana, onde moravam meus avós maternos, o Srº Júlio Xavier Pinheiro(1884-1966) e a Srª Belmira Pedroso Pinheiro (1900-1985), que ficaram jubilosos com o nascimento da sua primeira filha!
Mas quando ela tinha um ano de idade, meus avós fugiram apavorados da capital paulista por causa da Revolução de 1924, que ceifou muitas vidas de cidadãos paulistanos, refugiando-se no sítio do pai da minha avó materna, o Sr. Antônio Manoel Pedroso (1865-1927), no atual município de São Bernardo do Campo-SP.
Terminado o período belicoso paulistano, meus avôs maternos não retornaram ao bairro paulistano de Santana, porque continuaram a morar no sítio do meu bisavô materno, onde ela viveu até a adolescência, mudando-se a seguir, com os pais e mais três irmãos, para Santo André-SP.
Tempos depois, mais precisamente no dia 4 de dezembro de 1941, contraiu matrimônio com meu adorado e saudoso pai (meus pais eram primos em 4º grau), que foi extinto no também fatídico dia 09 de agosto de 1997.
Eles tiveram 7 filhos (o primeiro teve uma existência fugaz de apenas 4 horas no dia 18/11/1942).
A Srª. Matilde sempre se dedicou com amor, zelo e presteza a sua numerosa prole, que era provida com o labor de chauffer do meu pai, no antigo Ponto de Táxi do Cine Carlos Gomes, em Santo André-SP, telefone: 44-31-06 (será que se eu ligar ele me atende?!...)
Além deste reles e desolado escrevinhador outonal, minha adorada e saudosa mãe deixou mais 5 filhos, 13 netos e 9 bisnetos desamparados e aniquilados... Após a extinção do meu adorado e saudoso pai, o estado de saúde da minha adorada e saudosa mãe começou a ficar combalido. Ultimamente ela se locomovia com ajuda, mesmo assim com muita dificuldade, precisando da assistência, da minha valorosa e prestimosa irmã Maria Inês para todas as situações do cotidiano.
Na manhã do fatídico dia da sua extinção começou a revirar os olhos, minha irmã apavorada chamou o SAMU andreense, que prontamente a levou ao Pronto Socorro da Vila Luzita, chegando sem vida. Após os trâmites no IML (que horror...), que foram ágeis e prestativos, seu corpo foi traslado para o Sepulcário da Vila Euclides, no município de São Bernardo do Campo-SP, onde foi velado e sepultado no dia seguinte.
É insuportável pensar que o corpo da minha adorada e saudosa mãe está se decompondo no silêncio sepulcral da 2ª gaveta à direita, do jazigo 53, no Sepulcrário da Irmandade do Santíssimo, que fica no Sepulcrário da Vila Euclides, que fica na Avenida Redenção, que fica no Jardim do Mar, que fica no município de São Bernardo do Campo - SP, que fica na Região do Grande ABC, que fica na Grande São Paulo, que fica no Estado de São Paulo, que fica na Região Sudeste, que fica no país chamado Brasil, que tem a maior parte do seu território no Hemisfério Sul, que fica na América do Sul, que fica no Continente Americano, que fica no planêta digo planeta Terra, que fica no Sistema Solar, que fica na galáxia da Via Láctea, que fica no grupo de galáxias local, que é uma da bilhões de galáxias, que ficam no Universo, que pode ser um dos incontáveis Multiversos!...
Por que há existência, quando poderia não haver nada?
Nunca mais ouvirei da minha saudosa e adorada mãe:
- Oi João você está bom?!...
- Cuidado na rua por causa da ladroagem!!!...
- Se você não estudar, quando crescer vai puxar carroça...
- Não saia sem blusa, por causa da friagem...
- Jamais tome banho, após o almoço... - Não volte tarde!...
- Onde você vai e com quem? - Já rezou para dormir?!!!... - Deus te abençoe!
- Vá com Deus!
- Você precisa ter uma religião...
- Não me conformo de você ter ficado ateu..
- Vá lavar as mãos antes de comer!...
- Venha cá seu menino malcriado levar umas cintadas...
- Eu já lhe falei, nunca mais faça isto, quem mandou prender o gato no armário da pia e colocar fogo...
- Pare de ficar girando o botão da máquina de lavar roupas...
Minha vida tornou-se insulsa sem a presença radiante da minha adorada e saudosa mãe!!!!!!!!!!!...
VOLTE, MÃE, VOLTE...
Compungidamente...
João Paulo de Oliveira
PS - Mãe, foi duríssimo a perda do pai, mas ainda tínhamos o consolo de tê-la entre nós...
Nada neste maltratado e fascinante mundo que vivo mudará a cruel realidade de saber que sou órfão de pai e mãe...
Que deleite inefável seria pedir novamente sua benção e abraçá-la, bem como dizer-lhe que sempre a amei, amo e amarei!!
Seu filhinho desolado e desamparado...
João Paulo de Oliveira
Sempre que a dor da saudades fica intolerável tenho um terapia eficaz para atenuá-la, que é... escrever, como se realmente estivesse conversando com minha adorada e saudosa mãe:
Diadema, minha amada cidade, 24 de outubro de 2013.
Epístolas Paulianas
Conversando com a minha adorada e saudosa mãe (14/03/1923-24/10/2008)
Sua benção mãe!
Como o tempo urge...
Infelizmente no fatídico dia 24de outubro de 2008 a Senhora deu o último suspiro...
No seu natalício, Dia das Mães, festejos natalinos e dias como hoje, fica mais insuportável ainda ter ciência que nunca, jamais, em tempo algum, a verei, todavia é esta a dura realidade sem sua presença...
Sabe mãe, seus seis "bebezinhos" ficaram desolados e desamparados, principalmente este reles escrevinhador outonal e insulso professorzinho primário aposentado, porque o amor que a Senhora tinha por nós era imensurável...
Seu sétimo bebezinho primogênito não está desolado, porque viveu apenas quatro horas do fatídico dia 18 de novembro de 1942.
Sei que tive a felicidade de viver 55 anos da minha insulsa existência, tendo-a ao meu lado, entretanto este fato não me conforta quando a dor da sua ausência vêm com intensidade...
Dois dias após seu falecimento escrevi uma missiva comunicando o infausto acontecimento, que a seguir transcrevo:
Diadema, 26 de outubro de 2008.
Profundamente consternado comunico o falecimento da minha adorada e saudosa mãe, a Sra. Matilde Pinheiro de Oliveira, ocorrido no fatídico dia 24 de outubro de 2008...
Ela veio à luz no dia 14 de março de 1923, no bairro paulistano de Santana, onde moravam meus avós maternos, o Srº Júlio Xavier Pinheiro(1884-1966) e a Srª Belmira Pedroso Pinheiro (1900-1985), que ficaram jubilosos com o nascimento da sua primeira filha!
Mas quando ela tinha um ano de idade, meus avós fugiram apavorados da capital paulista por causa da Revolução de 1924, que ceifou muitas vidas de cidadãos paulistanos, refugiando-se no sítio do pai da minha avó materna, o Sr. Antônio Manoel Pedroso (1865-1927), no atual município de São Bernardo do Campo-SP.
Terminado o período belicoso paulistano, meus avôs maternos não retornaram ao bairro paulistano de Santana, porque continuaram a morar no sítio do meu bisavô materno, onde ela viveu até a adolescência, mudando-se a seguir, com os pais e mais três irmãos, para Santo André-SP.
Tempos depois, mais precisamente no dia 4 de dezembro de 1941, contraiu matrimônio com meu adorado e saudoso pai (meus pais eram primos em 4º grau), que foi extinto no também fatídico dia 09 de agosto de 1997.
Eles tiveram 7 filhos (o primeiro teve uma existência fugaz de apenas 4 horas no dia 18/11/1942).
A Srª. Matilde sempre se dedicou com amor, zelo e presteza a sua numerosa prole, que era provida com o labor de chauffer do meu pai, no antigo Ponto de Táxi do Cine Carlos Gomes, em Santo André-SP, telefone: 44-31-06 (será que se eu ligar ele me atende?!...)
Além deste reles e desolado escrevinhador outonal, minha adorada e saudosa mãe deixou mais 5 filhos, 13 netos e 9 bisnetos desamparados e aniquilados... Após a extinção do meu adorado e saudoso pai, o estado de saúde da minha adorada e saudosa mãe começou a ficar combalido. Ultimamente ela se locomovia com ajuda, mesmo assim com muita dificuldade, precisando da assistência, da minha valorosa e prestimosa irmã Maria Inês para todas as situações do cotidiano.
Na manhã do fatídico dia da sua extinção começou a revirar os olhos, minha irmã apavorada chamou o SAMU andreense, que prontamente a levou ao Pronto Socorro da Vila Luzita, chegando sem vida. Após os trâmites no IML (que horror...), que foram ágeis e prestativos, seu corpo foi traslado para o Sepulcário da Vila Euclides, no município de São Bernardo do Campo-SP, onde foi velado e sepultado no dia seguinte.
É insuportável pensar que o corpo da minha adorada e saudosa mãe está se decompondo no silêncio sepulcral da 2ª gaveta à direita, do jazigo 53, no Sepulcrário da Irmandade do Santíssimo, que fica no Sepulcrário da Vila Euclides, que fica na Avenida Redenção, que fica no Jardim do Mar, que fica no município de São Bernardo do Campo - SP, que fica na Região do Grande ABC, que fica na Grande São Paulo, que fica no Estado de São Paulo, que fica na Região Sudeste, que fica no país chamado Brasil, que tem a maior parte do seu território no Hemisfério Sul, que fica na América do Sul, que fica no Continente Americano, que fica no planêta digo planeta Terra, que fica no Sistema Solar, que fica na galáxia da Via Láctea, que fica no grupo de galáxias local, que é uma da bilhões de galáxias, que ficam no Universo, que pode ser um dos incontáveis Multiversos!...
Por que há existência, quando poderia não haver nada?
Nunca mais ouvirei da minha saudosa e adorada mãe:
- Oi João você está bom?!...
- Cuidado na rua por causa da ladroagem!!!...
- Se você não estudar, quando crescer vai puxar carroça...
- Não saia sem blusa, por causa da friagem...
- Jamais tome banho, após o almoço... - Não volte tarde!...
- Onde você vai e com quem? - Já rezou para dormir?!!!... - Deus te abençoe!
- Vá com Deus!
- Você precisa ter uma religião...
- Não me conformo de você ter ficado ateu..
- Vá lavar as mãos antes de comer!...
- Venha cá seu menino malcriado levar umas cintadas...
- Eu já lhe falei, nunca mais faça isto, quem mandou prender o gato no armário da pia e colocar fogo...
- Pare de ficar girando o botão da máquina de lavar roupas...
Minha vida tornou-se insulsa sem a presença radiante da minha adorada e saudosa mãe!!!!!!!!!!!...
VOLTE, MÃE, VOLTE...
Compungidamente...
João Paulo de Oliveira
PS - Mãe, foi duríssimo a perda do pai, mas ainda tínhamos o consolo de tê-la entre nós...
Nada neste maltratado e fascinante mundo que vivo mudará a cruel realidade de saber que sou órfão de pai e mãe...
Que deleite inefável seria pedir novamente sua benção e abraçá-la, bem como dizer-lhe que sempre a amei, amo e amarei!!
Seu filhinho desolado e desamparado...
João Paulo de Oliveira
ResponderExcluir«Quem tem uma mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada!»
Este TEMA MUSICAL é muito triste... mas expressa a dor de se perder uma mãe.
O tempo costuma ser generoso... e suaviza-nos a dor da perda.
É a lei da vida... e temos de a aceitar.
Deixo-lhe um beijinho de respeito e solidariedade
Cara Amiga Afrodite!
ResponderExcluirObrigadíssimo pelas alentadoras palavras de solidariedade!
Caloroso abraço! Saudações emocionadas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
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ExcluirCaro Professor, voltei para o informar que a comemoração do 1º ANIVERSÁRIO continua e há um SELO para si nos JARDINS DE AFRODITE.
Beijinhos e bom fim de semana
(^^)
Eu acho que é uma "boa e saudável atitude" essa, de conseguirmos encarar as realidades, por muito que nos custem !
ResponderExcluirAfinal, os nossos entes queridos, continuam nos nossos corações ! Porque não conversar com eles como se estivessem presentes ? ...
Creio que nos alivia as "dores" e nos aproxima !
Gostei muito do que li, meu caro Amigo João Paulo !
Grande abraço ! :))
.
Caro Amigo Rui Espírito Santo!
ResponderExcluirGrato pela solidariedade e compreensão!
Caloroso abraço! Saudações saudosas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP