Caros amigos.
O dia em curso é de ternas, mas também funestas reminiscências, porque neste fatídico dia do ano de 1987, a existência do meu estimado sogro cessou, após longo sofrimento advindo de insuficiência renal crônica, que o obrigava a se submeter a sessões de hemodiálise constantes.
Ele nasceu no dia 4 de março de 1922, na cidade mineira de São Brás de Suaçi e em meados da década de 40 imigrou para a cidade paulista de Guarujá, onde constituiu família, teve legião de amigos e era muito conceituado e conhecido na cidade. Ele era carpinteiro e depois, com um sócio, criaram uma firma de raspagem de tacos e aplicação de cascolac.
Ele foi eternizado nesta fotografia no auge da idade primaveril quando já residia na cidade de Guarujá e era garboso e vigoroso, no Foto Weise, que ficava na Rua General Câmara nº 11, telefone 2-5784, no centro da cidade de Santos.
A esposa dele faleceu no ano de 1971, com 45 anos, deixando-o desolado com duas filhas que então 21 e 17 anos respectivamente.
O conheci no ano de 1974 quando fui pedir-lhe consentimento para namorar minha amada Alice, que tinha neste ano 24 anos. No ano de 1977 ele anuiu também meu pedido e deu a mão da Alice em casamento para este agora caquético e insulso professorzinho primário e coordenador pedagógico aposentado, que deixou a Alice com cabelos grisalhos.
Quando contrai sarna, digo, matrimônio com a Alice ela já exercia os cargos de regente na municipalidade guarujaense e no Governo do Estado de São Paulo e, nesta época, eu era um reles escriturário, lotado na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e em exercício na agora extinta Delegacia de Estrangeiros e Passaportes. Nem preciso dizer que meus então parcos proventos não me permitiam dar uma vida confortável para a Alice.
Neste quesito meu sogro foi mais que um pai, porque com recursos próprios ampliou sua residência onde meses depois de casados fomos residir. Claro que tínhamos uma vida de classe média, graças aos proventos da Alice e da ajuda do Sr. Machado. Lembro que nesta época o então Governador Paulo Maluf dizia:
- As professoras não são mal remuneradas, mas sim mal casadas [sic]..Eu provei para este nefasto Governador que ele estava errado, porque depois de casado fiz faculdade de Pedagogia, na Faculdade Dom Domênico, no Guarujá e depois que ingressei no Quadro do Magistério das municipalidades diademense e paulistana minha vida pecuniária teve um rumo auspicioso.
Ché, como diria a saudosa tia-avó Carmem Pedroso Fabbrini (1909-2001), não é Silvia Fabbrini?
- o Joãozinho tenta prestar tributo para o saudoso sogro, mas começa discorrer sobre os primórdios da sua vida conjugal.
Folguedos à parte, estimado Sr. Machado, jamais o esquecerei e peço-lhe perdão se não fui um bom genro.
Enquanto eu não retornar ao nada o Senhor estará na minha memória.
Sempre o amei, amo e amarei.
Caloroso abraço. Saudações saudosas.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
O dia em curso é de ternas, mas também funestas reminiscências, porque neste fatídico dia do ano de 1987, a existência do meu estimado sogro cessou, após longo sofrimento advindo de insuficiência renal crônica, que o obrigava a se submeter a sessões de hemodiálise constantes.
Ele nasceu no dia 4 de março de 1922, na cidade mineira de São Brás de Suaçi e em meados da década de 40 imigrou para a cidade paulista de Guarujá, onde constituiu família, teve legião de amigos e era muito conceituado e conhecido na cidade. Ele era carpinteiro e depois, com um sócio, criaram uma firma de raspagem de tacos e aplicação de cascolac.
Ele foi eternizado nesta fotografia no auge da idade primaveril quando já residia na cidade de Guarujá e era garboso e vigoroso, no Foto Weise, que ficava na Rua General Câmara nº 11, telefone 2-5784, no centro da cidade de Santos.
A esposa dele faleceu no ano de 1971, com 45 anos, deixando-o desolado com duas filhas que então 21 e 17 anos respectivamente.
O conheci no ano de 1974 quando fui pedir-lhe consentimento para namorar minha amada Alice, que tinha neste ano 24 anos. No ano de 1977 ele anuiu também meu pedido e deu a mão da Alice em casamento para este agora caquético e insulso professorzinho primário e coordenador pedagógico aposentado, que deixou a Alice com cabelos grisalhos.
Quando contrai sarna, digo, matrimônio com a Alice ela já exercia os cargos de regente na municipalidade guarujaense e no Governo do Estado de São Paulo e, nesta época, eu era um reles escriturário, lotado na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e em exercício na agora extinta Delegacia de Estrangeiros e Passaportes. Nem preciso dizer que meus então parcos proventos não me permitiam dar uma vida confortável para a Alice.
Neste quesito meu sogro foi mais que um pai, porque com recursos próprios ampliou sua residência onde meses depois de casados fomos residir. Claro que tínhamos uma vida de classe média, graças aos proventos da Alice e da ajuda do Sr. Machado. Lembro que nesta época o então Governador Paulo Maluf dizia:
- As professoras não são mal remuneradas, mas sim mal casadas [sic]..Eu provei para este nefasto Governador que ele estava errado, porque depois de casado fiz faculdade de Pedagogia, na Faculdade Dom Domênico, no Guarujá e depois que ingressei no Quadro do Magistério das municipalidades diademense e paulistana minha vida pecuniária teve um rumo auspicioso.
Ché, como diria a saudosa tia-avó Carmem Pedroso Fabbrini (1909-2001), não é Silvia Fabbrini?
- o Joãozinho tenta prestar tributo para o saudoso sogro, mas começa discorrer sobre os primórdios da sua vida conjugal.
Folguedos à parte, estimado Sr. Machado, jamais o esquecerei e peço-lhe perdão se não fui um bom genro.
Enquanto eu não retornar ao nada o Senhor estará na minha memória.
Sempre o amei, amo e amarei.
Caloroso abraço. Saudações saudosas.
Até breve... João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
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