No meu viés, o conceito de família é plural

Caros confrades/passageiros sem véus e com véus.

Apresento novamente esta fotografia, que eternizou a minha família num momento da chegada à luz do meu neto, o Bernardo Felipe, mas agora tenho como escopo, ao apresentá-la, trazer à baila que este é um dos modelos de família existente na nossa amada Pátria, que ainda tem palmeiras e sabiás, mas felizmente, devido a preceitos Constitucionais, que tornaram-se um fato graças a incansável pertinácia daqueles integrantes de outros modelos de família, bem como daqueles que têm ciência da pluralidade das relações conjugais, que não esmoreceram até que as uniões homoafetivas tivessem a possibilidade de terem o caráter legal do casamento.

Para meu profundo desalento pessoas obscurantistas, que usam véus, pressionaram de tal forma seus representantes da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que aprovou que o único modelo de família é aquele que aparece nesta fotografia, desconsiderando preceitos legais, que dão os mesmos direitos às famílias, onde o núcleo central é constituído de pessoas do mesmo sexo, com os mesmos direitos da família tradicional. 

Que audácia mor dos que usam véus.

Tenho certeza que os componentes de outros modelos de família não precisam ficar apoquentados, porque no meu viés uma Lei não pode entrar em vigor conflitando com os preceitos legais de outras Leis em vigor.

Que desgraça saber que, apesar dos grandes avanços da contemporaneidade em todas as áreas, temos uma parcela significativa da população que está cada vez mais influenciando a vida em sociedade com seus dogmas da Idade das Trevas.

Somente me resta rogar:

Max, traga meus sais centuplicado, diluído numa xícara de chá de picão.

Caloroso abraço. Saudações tolerantes.

Até breve...

João Paulo de Oliveira