Padre Alfredo Bortolini

Caros confrades/passageiros!

Hoje é um dia muito especial, porque é o Natalício do meu dileto e estimado amigo, Alfredo Bortolini, que foi meu Padre Confessor, no tempo que eu era um beato zeloso.
O Padre Alfredo chegou à luz na cidade catarinense de Jaraguá do Sul no ano de 1914, nem preciso dizer numa família, que seguia os rígidos preceitos da Igreja Católica Apostólica Romana!
Na idade primaveril o Padre Alfredo, atendendo os irresistíveis apelos da vocação para o sacerdócio ingressou numa Ordem, que tinha como lema os preceitos da Pia Sociedade São Francisco de Sales, fundada pelo imaculado São João Bosco (1815-1888), que deixou marcas indeléveis entre nós!!!
A última vez que encontrei o Padre Alfredo foi no ano de 2010 quando o visitamos num Colégio Salesiano em Campinas, onde ele residia. Infelizmente não encontrei as fotografias que eternizaram esta inesquecível visita!
Nesta visita o Padre Alfredo demorou para lembrar da minha família, mas paulatinamente, depois de citarmos vários fatos ele lembrou e seus invernais olhos brilharam ao lembrar do seu motorista voluntário e família.
Respondi, sem titubear, a ladainha quando o Padre Alfredo abençoou minha máquina rodante e, claro, nem me atrevi a dizer que tornei-me incrédulo.
O Padre Alfredo, além de ter sido meu Padre Confessor ( nunca me esqueço de uma vez que confessei um pecado cabeludo e o Padre Alfredo, com sua fleuma habitual nem piscou, me perdoou depois que prometi rezar incontáveis Aves Marias e complementos), era amigo da família.
Meu saudoso sogro, o Sr. Antônio Machado Filho (1922-1987) também o tinha em alta estima e consideração e ficava feliz quando ele vinha almoçar ou então lanchar conosco no período vespertino!
Além de ser meu Padre Confessor, também tinha a grata satisfação de ser motorista voluntário do Padre Alfredo e o levava para celebrar as Santas Missas nas Capelas de São Pedro, que fica na Praia da Enseada ( que é o quintal da minha amiga Juju Ferreira), bem como nas Capelas da Praia do Pernambuco e do Morro da Santa Clara (quando subíamos neste Morro o Padre Alfredo não perdia o fôlego deixando seu motorista palerma ofegante bem para trás).
Também ajudava o Padre Alfredo nas Santas Missas, principalmente na Capela São Pedro, bem como passava a sacolinha da coleta para os fieis (acho melhor não tornar de domínio público a quirera que os endinheirados renomados colocavam na sacolinha, bem como dizer quem eram...).
O Padre Alfredo tinha uma paciência de Jó com este depravado e reincidente pecador, que jurava de pés juntos jamais pecar, depois da confissão e penitência de incontáveis Aves Marias e Pais Nossos, nem bem saia do ambiente sacro ficava sob a égide do pecado (ulalalaaaá): https://www.youtube.com/watch?v=SDbFbZCWhj4
Nunca me esqueço de uma vez que ajudava o Padre Alfredo na Santa Missa, na Capela de São Pedro, porque de repente na hora mais sacra da encenação,digo, ritual, quando passava o cálice com vinho, passou uma beldade de fio dental toda selerepe e sedutora na frente da Capela... Sabe o que aconteceu, querem saber mesmo, antes uma hora e três minutos para a penitência: https://www.youtube.com/watch?v=TL41pJPMMM0
Derramei o vinho... O Padre Alfredo ficou lívido e me fuzilou com o olhar e a plateia, digo, fiéis ficaram atônitos.
Dileto Padre Alfredo não tenho coragem de fazer uma ligação ao Colégio Salesiano de Campinas, porque desejo intensamente que o Senhor esteja entre nós, bem como perdoe este seu pupilo farsante e pecador, que sempre o amou, ama e amará, mas é um contumaz pecador.
Afetuoso e apertado abraço! Saudações bortolininetes!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus!


PS - Fomos eternizados nesta fotografia, na década de 90,  numa das visitas que fizemos a São José dos Campos, uma cidade paulista, onde também tem as marcas indeléveis das obras Salesianas!