Caros confrades/passageiros!
O dia em curso é de tristíssima lembrança para a memória da minha amada
família, porque no fatídico dia 3 de novembro de 1947 cessou
a existência do meu avô paterno, o Sr. João Paulo de Oliveira
(1885-1947), que não tive a prerrogativa de conhecer, porque este
maltratado e fascinante mundo que vivemos, teve o dissabor de me ver
chegar à luz no ano de 1953.
O meu homônimo e avô era filho do Sr. José Pedroso de Oliveira
(1844-1906) e Leopoldina Maria Fagundes (1854-1932), que também viram à
luz pela primeira vez, respectivamente na freguesia de São Bernardo e na
então cidade de Santo Amaro!
O seu pai é considerado o fundador do bairro de Piraporinha, porque
tinha um sítio de 90 alqueires intitulado Pinhaúva, conforme comprova o
Centro de Memória de Diadema.
Ele teve numerosa prole com a minha avó, a Srª Maria Pires de Araújo
(1896-1982), composta de oito bebezinhos e, infelizmente, alguns
anjinhos, como era habitual acontecer naquela época da Primeira
República Brasileira, que também é chamada de República Velha, onde a
mortalidade infantil era altíssima e não tinha meios contraceptivos.
Ele nasceu no bairro de Piraporinha, que atualmente pertence a pujante e
minha amada cidade paulista de Diadema!
O Sr. João Paulo provia sua prole com as propriedades que colocava para
alugar na Vila Camponesa, que recebeu de herança dos seus genitores e
foi desapropriada para a construção do trevo do km 18 da Via Anchieta,
que teve a primeira pista inaugurada em 1947 e a segunda pista em 1953,
bem como dos rendimentos de duas Olarias, que ele tinha no bairro de
Piraporinha.
Pelos relatos do meu saudoso e adorado pai, o Sr. Benedito de Oliveira
(1919-1997), meu avô era um pai muito bom quando não estava sob os
efeitos de substâncias etílicas lícitas, para ser mais específico o
álcool, porque quando estava sob a égide do álcool ficava como o
personagem da inesquecível película "Dr. Jekyll and Mr. Hyde " aqui
intitulada "O Médico e o Monstro":
LUZES! CÂMERAS! AÇÃO!
https://www.youtube.com/ watch?v=8rcHviarjT0
em
uma das versões cinematográficas de 1941.
Nestas situações traumatizantes seus rebentos e genitora tinham que se
esconder, porque ele chegava em casa exasperadíssimo para não dizer
violento...
Minha saudosa e adorada mãe, a Srª Matilde Pinheiro de Oliveira
(1923-2008), que chegou à luz neste maltratado e fascinante mundo no
bairro paulistano de Santana, me dizia que o desejo dela era que meu
nome fosse Maurício, mas quando minha avó paterna soube que cheguei à
luz proferiu categoricamente:
- O nome deste meu novo neto não será Maurício e nem chouriço, mas sim receberá o nome de João Paulo de Oliveira sem a inclusão do neto...
Meu avô é um dos incontáveis descendentes da valorosa nativa Bartira e
do aventureiro e promíscuo luso João Ramalho (1493-1582).
Fico cá a divagar...
Será que meus descendentes dos séculos XXII e XXIII lembrarão deste
reles escrevinhador outonal e insulso professorzinho primário
aposentado?!...
Não creio e também não terei como comprovar minha hipótese...
Como é dificílimo aceitar o inexorável e cruciante fato inquestionável
que nada é para sempre...
Caloroso abraço! Saudações memorialistas/familiares!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
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