Caros confrades/passageiros!
Tenho a grata satisfação de apresentar-lhes a tia da minha querida amiga Gloria Policano, carinhosamente conhecida como Glorinha,
à Sr.ª Edwiges Fontana Coelho, irmã da Sr.ª Mocita (mãe de
Glorinha) e o seu marido, o Major Telmo Coelho Filho!
Tia Edu, como era carinhosamente chamada, foi eternizada nesta fotografia durante um passeio pela Av.
São João, no dia 19 de março de 1935.
A julgar pelo maravilhoso sorriso que ela esboça, o dia deve
ter sido muito prazeroso.
Obrigado Glorinha, por compartilhar conosco a lembrança de
sua querida tia!
Ela traz toda a elegância das mulheres da década de 30.
A lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe
e tudo vê, ficou sôfrega para saber o que a Srª Edwiges carregava na bolsa!
Caloroso abraço! Saudações memorialistas/familiares!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
"A nossa incomparável Edu
Seu nome? Edwiges Fontana Coelho, a nossa incomparável Edu,
que adentrou a Academia Campineira de Letras e Artes em 08/08/87.
Edu, era uma criatura feita de forma especial para servir à
humanidade, tal a personalidade multifacetada que possuía. Quem a conheceu
declamando poemas humorísticos, fazendo rir às escâncaras e às vezes até sem
reservas, jamais poderia imaginar o lirismo transbordante que ia dentro do seu
ser.
De uma inteligência privilegiada e de uma vivacidade que
extrapolava em todos os seus gestos, muito jovem foi a primeira professorinha
leiga, alfabetizando crianças de escolas municipais, nas zonas rurais. E aí a
facilidade que tinha na pronuncia caipira de seus poemas caboclos, tirados
quase todos da convivência com aquela gente simples e humilde.
Edu, apesar de sua existência sofrida, não guardou da vida
ressaibos de amargura, mesmo de desencanto. Pelo contrário, sentia-se uma
criatura feliz e realizada.
Sempre tinha uma palavra amiga para aqueles que a procuravam.
Isso fazia parte de sua filosofia de vida porque certa estava de que “alegria
dividida é mais alegria; dor repartida é menos dor.”
Casou com Telmo Coelho Filho, que se tornou Major do Exercíto
e hoje é patrono de uma escola em Osasco/SP e dá nome ao Pavilhão de Esportes
do Círculo Militar de Campinas. Além dos quatro filhos que teve, tomou outros
por empréstimo, sem contar um sem número de criaturas que estudaram em sua
casa, na vaga sempre disponível, dentro do seu enorme coração.
Viveu quase 10 anos em Avaré, sempre escrevendo para a
imprensa local numa coluna chamada Seara Feminina. Lá produziu seus melhores
sonetos e ao despedir-se da cidade, onde passou os melhores dias de sua vida,
escreveu chorando a tristeza da partida, parodiando seu patrono Paulo Setubal:”
Foi aqui, nesta Avaré distante, / cheia de flores, toda colorida, / que vim
viver, sem lagrimas, nem dores, / a página melhor da minha vida.”
Para Socorro, terra em que nasceu, escreveu inúmeras crônicas
e até estes belíssimos versos, publicados também no jornal da cidade:
Sei que a ti eu voltarei um dia./ Quero dormir o sono
derradeiro, / à sombra amiga do cipreste, ; em sete palmos do teu chão
querido.”
Tua alma, liberta para o vôo, paire sobre o céu da tua Campinas,
para sentires ao longe o quanto foste amada por todos; para sentires de perto o
quanto Deus te abençoou pelo bem que espalhaste, pela alegria imensa que só tu
sabias levar aos tristes e desesperançados de todos os caminhos.
(Arita Damasceno Pettená – Livro “EDU, DE CORPO E ALMA” )
Originalmente, esse texto estava no presente, Edu faleceu em
19/03/88
Seus restos mortais, conforme sua vontade, descansam na
cidade de Socorro/SP
“No poeta, a infância não acaba nunca. Só ele e as crianças
são capazes de ver nos pirilampos que iluminam a mata, estrelas caídas do céu.”
Eu sou a eterna criança...
Quero permanecer na roda de rua e cantar como antes, de alma
pura e coração liberto:
“Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar.”
“Ninguém morre enquanto vive no coração de alguém”
(Edu)"
Meus outonais olhos ficaram marejados ao conhecer a radiante história da Srª Edwiges!
Na segunda fotografia onde ela foi eternizada ao lado do grande amor da sua vida, o Major Telmo Coelho Filho, que nomeia uma escola no município de Osasco, deixou-me propenso a divagar sobremaneira ao me deparar com o encantador casal, que estavam no auge da juventude e certamente fazendo juras de amor!
A encantadora Srª Edwiges me fez lembrar da inesquecível atriz Claudette Colbert(1903-1996)!
LUZES! CÂMERAS! AÇÃO!
Obrigada pelo carinho!
ResponderExcluirTão logo possa, embarco no Expresso Oriente !
Abraços
Há semelhanças físicas inegáveis.
ResponderExcluirEsta rubrica, com estes tesouros, é ela própria uma pérola.
Grande abraço!!
Boa tarde...fui dama de companhia da Edwiges...morava na casa dela...quantas saudades...
ResponderExcluirBoa tarde..também fui dama de companhia...morei na casa dela...como seu nome?
ExcluirSou Heliana e Vc? como seu nome?
ExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirFelizarda.
Lembro da Elenice que morou na casa dela e a Benê
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