Caros confrades passageiros.
Este leitor higienista Sul-caetanense escreve - com frequência - à coluna Palavra do Leitor, publicada diariamente, no periódico Diário do Grande ABC, com o escopo de externar seu saudosismo dos "anos dourados", "onde a cidade de São Paulo crescia organizada, limpa, linda e principalmente sem crimes". [sic].
As reminiscências higienistas, citadas por ele, são das décadas de 40 a 60 e não são condizentes, porque no período citado a cidade crescia - vertiginosamente - e tinha o slogan: "A cidade que mais cresce no mundo", com sérios problemas de mobilidade urbana, saúde, educação e saneamento básico (que continuam ).
Também é mito que não havia crimes, porque basta pesquisar em periódicos daquela época, principalmente os sensacionalistas, como por exemplo, Notícias Populares (1963-2001), mais conhecido como "espreme sangue", para saber que crimes aconteciam - evidentemente - em índices menores.
Outro mito dos "anos dourados" é o saudosismo que a Escola Pública era boa. Como poderia ser boa, se atendia uma parcela diminuta da população e os regidos deveriam entrar mudos e saírem calados?
Quanto os comércio ilegal - na contemporaneidade - nos transportes públicos, existe porque tem consumidores.
Preceito Constitucional garante a todo cidadão brasileiro o direito de ir e vir em todo território nacional.
O que me deixa mais desalentado é que existe uma parcela significativa da população, com este viés higienista.
Caloroso abraço. Saudações anti-higienistas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Antigamente é que era bom.
ResponderExcluirNão gosto nada dessa mentalidade e dessa mentira.
Aquele abraço, boa semana