Cara amiga ramalhina Elza Zimbardi, boa noite e bom final de semana prolongado.
Senta que lá vem história, como diz minha querida amiga, de bem com a vida, alto astral, garbosa e vigorosa, Juju Ferreira.
Agora é a minha vez de apresentar a foto da minha Primeira Comunhão.
A foto que ilustra esta matéria foi tirada no Foto Muito Bom, na minha cidade de nascença Santo André-SP, no dia 26/05/1963, quando cumpri o rito católico da Primeira Comunhão, que no dia em curso completa 53º anos da minha Primeira Comunhão ou, como dizem na contemporaneidade, Primeira Eucaristia.
Meu estimado amigo, o talentoso e criativo Reinaldo Elias, que fez as primorosas restauração e colorização das fotos. Ele já se tornou internacionalmente um conceituado restaurador e colorizador de fotos. Quem desejar seus prestimosos préstimos profissionais não vacilem em apertar a campainha do seu requintado endereço eletrônico, que depois do din don (lembrei do reclame do Avon chama...https://www.youtube.com/watch?v=66IWgU9AAis) ele - sem titubear - os atenderá. Os preços deles são módicos e o resultado vocês podem ver na foto restaurada e colorizada.
Mas, retornando as minhas reminiscências do meu tempo de petiz, na verdade gostaria de ter nascido numa família judia. Se este auspicioso fato tivesse ocorrido, minha lembrança seria três anos depois com o Bar Mitzvá.
Fico a divagar, se tivesse a prerrogativa de chegar, neste maltratado e fascinante mundo, numa família judaica e não numa que seguia os preceitos da fé católica, como teria sido meu modo de vida? Lembro de uma vez, quando passei na Rua Coronel Agenor de Camargo, esquina com a Rua Siqueira Campos, no centro da cidade de Santo André-SP, onde tinha uma Sinagoga. Vi alguns petizes com quipá, claro que na época não sabia o nome, e disse para minha adorada e saudosa mãe que queria igual, bem como entrar naquele local. Nunca tinha visto antes minha mãe tão exasperada, porque além do beliscão que levei, que até hoje o sinto, ela disse que quando chegasse a casa, que esperasse as palmadas. O que de fato aconteceu. Cada sopapo que eu levava, ela dizia:
- Nunca mais diga uma blasfêmia desta.
Claro que só aguçou minha curiosidade primaveril, porque logo depois descobri que tinha um programa televisivo chamado "Mosaico na TV", que sempre que podia assistia sorrateiramente e fiquei mais intrigado ainda, porque o que via na televisão eram pessoas, que levavam um modo de vida corriqueiro, mas que professavam outra fé. Sinto frêmitos inefáveis ao lembrar o pavor que tinha do pseudo inferno e de outros males e perigos que nos podiam flagelar, que a perniciosa religião católica, além das odiosas Confissões e o olho de "Deus" onisciente e onipresente, causava na mente de um inquieto pequenino, que não entendia e ainda não entende, porque estamos aqui.
Duzentos e vinte nove dias, após o celuloide ter eternizado este momento carola, o presidente John Fitzerrald Kennedy foi assassinado em Dallas, nos Estados Unidos, causando comoção mundial. Nunca me esqueço da cena do assassinato, repetida incontáveis vezes na televisão, dias depois, porque naquela época não existia satélite para transmissão televisiva. Como era lindíssima a primeira dama americana Jacqueline Kenned
Nós também tínhamos uma primeira dama de fechar o comércio de qualquer reino, a distinta cidadã Maria Teresa Fontela Goulart. Lembro que na minha primeira Confissão disse ao Padre que tinha pensamentos impuros com a 1ª Dama. Como penitência tive que rezar não sei quantas Salve Rainha, Pai Nosso, Credo e Ave Maria...
Sinto falta do meu tempo de beato zeloso, além das Confissões, porque seria perdoado depois da penitência e depois podia voltar a pecar, das marcações de cena: senta, levanta, ajoelha, ar contrido...
Também me deleitava, assistindo na televisão a série "Papai Sabe Tudo". Que família adorável era a do Sr Anderson, que sempre ao chegar a casa, dizia: - “Margareth cheguei”. Então sua sempre sorridente e impecavelmente vestida esposa, o recebia calorosamente. Seus irriquietos filhos: Beth, Buddy e Cathy tambem o veneravam. Nunca me esqueço de um episódio, onde a esposa e filhos do Sr Anderson, reclamavam que sua confortável casa, típica de classe média americana, precisava de reparos e novos utensílios domésticos. A seguir vão passar um final de semana num local remoto, onde as acomodações eram precaríssimas. Claro que não veem a hora de retornarem para sua então criticada residência. Ao chegarem ficam deslumbrados com sua casa e percebem que ela não precisava de tantos reparos e nem utensílios domésticos novos Naquela época eu não entendia o motivo da religião deles não ter padre. Em pensar, que enquanto me deleitava com este enlatado americano, a realidade era bem hostil e belicosa, porque o nosso maltratado e fascinante mundo vivia sob a égide da guerra fria e sob a ameaça iminente de uma guerra atômica. Fico a divagar as reações do Sr e Sra Anderson, na contemporaneidade, na hipotética cena do Sr Anderson confortavelmente na sala de estar lendo o jornal, acompanhando a Sra. Anderson bordando! Neste ínterim, chega a casa o Buddy e diz: - Papai, mamãe, este é o Fred, meu namorado, ele dormirá aqui hoje. Logo a seguir entra a Beth: - Papai, mamãe, vou dormir na casa do Henry! Ah... Quase ia me esquecendo de dizer, estou grávida... Finalmente entra a Kathy: - Papai, mamãe, o que é felação?
Também foi o último ano de apresentação na TV Tupi Canal 3, que depois passou para o Canal 4, da inesquecível versão televisiva do Sítio do Picapau Amarelo. Saudades da Emília e demais personagens lobatoianos, que foram adaptados para a televisão ao vivo pelo saudoso radiante e erudito casal Júlio Gouveia/Tatiana Belinky.
Agora somente restam somente as reminiscências deste tempo, que nunca, jamais, em tempo algum, retornará.
Max, traga meus sais centuplicado, diluídos numa xícara de saudades com pitadas do póde pirlimpimpim, que a boneca Emília me deu.
Caloroso abraço. Saudações impolutas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Senta que lá vem história, como diz minha querida amiga, de bem com a vida, alto astral, garbosa e vigorosa, Juju Ferreira.
Agora é a minha vez de apresentar a foto da minha Primeira Comunhão.
A foto que ilustra esta matéria foi tirada no Foto Muito Bom, na minha cidade de nascença Santo André-SP, no dia 26/05/1963, quando cumpri o rito católico da Primeira Comunhão, que no dia em curso completa 53º anos da minha Primeira Comunhão ou, como dizem na contemporaneidade, Primeira Eucaristia.
Meu estimado amigo, o talentoso e criativo Reinaldo Elias, que fez as primorosas restauração e colorização das fotos. Ele já se tornou internacionalmente um conceituado restaurador e colorizador de fotos. Quem desejar seus prestimosos préstimos profissionais não vacilem em apertar a campainha do seu requintado endereço eletrônico, que depois do din don (lembrei do reclame do Avon chama...https://www.youtube.com/watch?v=66IWgU9AAis) ele - sem titubear - os atenderá. Os preços deles são módicos e o resultado vocês podem ver na foto restaurada e colorizada.
Mas, retornando as minhas reminiscências do meu tempo de petiz, na verdade gostaria de ter nascido numa família judia. Se este auspicioso fato tivesse ocorrido, minha lembrança seria três anos depois com o Bar Mitzvá.
Fico a divagar, se tivesse a prerrogativa de chegar, neste maltratado e fascinante mundo, numa família judaica e não numa que seguia os preceitos da fé católica, como teria sido meu modo de vida? Lembro de uma vez, quando passei na Rua Coronel Agenor de Camargo, esquina com a Rua Siqueira Campos, no centro da cidade de Santo André-SP, onde tinha uma Sinagoga. Vi alguns petizes com quipá, claro que na época não sabia o nome, e disse para minha adorada e saudosa mãe que queria igual, bem como entrar naquele local. Nunca tinha visto antes minha mãe tão exasperada, porque além do beliscão que levei, que até hoje o sinto, ela disse que quando chegasse a casa, que esperasse as palmadas. O que de fato aconteceu. Cada sopapo que eu levava, ela dizia:
- Nunca mais diga uma blasfêmia desta.
Claro que só aguçou minha curiosidade primaveril, porque logo depois descobri que tinha um programa televisivo chamado "Mosaico na TV", que sempre que podia assistia sorrateiramente e fiquei mais intrigado ainda, porque o que via na televisão eram pessoas, que levavam um modo de vida corriqueiro, mas que professavam outra fé. Sinto frêmitos inefáveis ao lembrar o pavor que tinha do pseudo inferno e de outros males e perigos que nos podiam flagelar, que a perniciosa religião católica, além das odiosas Confissões e o olho de "Deus" onisciente e onipresente, causava na mente de um inquieto pequenino, que não entendia e ainda não entende, porque estamos aqui.
Duzentos e vinte nove dias, após o celuloide ter eternizado este momento carola, o presidente John Fitzerrald Kennedy foi assassinado em Dallas, nos Estados Unidos, causando comoção mundial. Nunca me esqueço da cena do assassinato, repetida incontáveis vezes na televisão, dias depois, porque naquela época não existia satélite para transmissão televisiva. Como era lindíssima a primeira dama americana Jacqueline Kenned
Nós também tínhamos uma primeira dama de fechar o comércio de qualquer reino, a distinta cidadã Maria Teresa Fontela Goulart. Lembro que na minha primeira Confissão disse ao Padre que tinha pensamentos impuros com a 1ª Dama. Como penitência tive que rezar não sei quantas Salve Rainha, Pai Nosso, Credo e Ave Maria...
Sinto falta do meu tempo de beato zeloso, além das Confissões, porque seria perdoado depois da penitência e depois podia voltar a pecar, das marcações de cena: senta, levanta, ajoelha, ar contrido...
Também me deleitava, assistindo na televisão a série "Papai Sabe Tudo". Que família adorável era a do Sr Anderson, que sempre ao chegar a casa, dizia: - “Margareth cheguei”. Então sua sempre sorridente e impecavelmente vestida esposa, o recebia calorosamente. Seus irriquietos filhos: Beth, Buddy e Cathy tambem o veneravam. Nunca me esqueço de um episódio, onde a esposa e filhos do Sr Anderson, reclamavam que sua confortável casa, típica de classe média americana, precisava de reparos e novos utensílios domésticos. A seguir vão passar um final de semana num local remoto, onde as acomodações eram precaríssimas. Claro que não veem a hora de retornarem para sua então criticada residência. Ao chegarem ficam deslumbrados com sua casa e percebem que ela não precisava de tantos reparos e nem utensílios domésticos novos Naquela época eu não entendia o motivo da religião deles não ter padre. Em pensar, que enquanto me deleitava com este enlatado americano, a realidade era bem hostil e belicosa, porque o nosso maltratado e fascinante mundo vivia sob a égide da guerra fria e sob a ameaça iminente de uma guerra atômica. Fico a divagar as reações do Sr e Sra Anderson, na contemporaneidade, na hipotética cena do Sr Anderson confortavelmente na sala de estar lendo o jornal, acompanhando a Sra. Anderson bordando! Neste ínterim, chega a casa o Buddy e diz: - Papai, mamãe, este é o Fred, meu namorado, ele dormirá aqui hoje. Logo a seguir entra a Beth: - Papai, mamãe, vou dormir na casa do Henry! Ah... Quase ia me esquecendo de dizer, estou grávida... Finalmente entra a Kathy: - Papai, mamãe, o que é felação?
Também foi o último ano de apresentação na TV Tupi Canal 3, que depois passou para o Canal 4, da inesquecível versão televisiva do Sítio do Picapau Amarelo. Saudades da Emília e demais personagens lobatoianos, que foram adaptados para a televisão ao vivo pelo saudoso radiante e erudito casal Júlio Gouveia/Tatiana Belinky.
Agora somente restam somente as reminiscências deste tempo, que nunca, jamais, em tempo algum, retornará.
Max, traga meus sais centuplicado, diluídos numa xícara de saudades com pitadas do póde pirlimpimpim, que a boneca Emília me deu.
Caloroso abraço. Saudações impolutas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.
Menino da Comunhão ! ... Também eu tenho uma assim, a recordar esse dia de santa inocência !
ResponderExcluirRealmente, antes de me aparecer a caixinha do comentário apareceu-me uma mensagem que não me deu tempo suficiente para ler, mas que falava em "sites perigosos" (??? ... mas não impediu que eu comentasse !
Abraço
Caro Padrinho Mor Rui Espírito Santo.
ResponderExcluirTu me destes a prerrogativa de publicar na página facebookiana "Memória Famíliar" a fotografia que eternizou a cerimônia da tua 1ª Comunhão.
Então o impedimento de deixar comentários de bordo, neste vagão do Expresso do Oriente, sob meu comando, está a afetar somente o nosso Amigo Pedro Coimbra.
Caloroso abraço. Saudações participativas.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.