domingo, 22 de outubro de 2017

Missivista higienista


Caros confrades passageiros.
Este leitor higienista Sul-caetanense escreve - com frequência - à coluna Palavra do Leitor, publicada diariamente, no periódico Diário do Grande ABC, com o escopo de externar seu saudosismo dos "anos dourados", "onde a cidade de São Paulo crescia organizada, limpa, linda e principalmente sem crimes". [sic].

As reminiscências higienistas, citadas por ele, são das décadas de 40 a 60 e não são condizentes, porque no período citado a cidade crescia - vertiginosamente - e tinha o slogan: "A cidade que mais cresce no mundo", com sérios problemas de mobilidade urbana, saúde, educação e saneamento básico (que continuam ).

Também é mito que não havia crimes, porque basta pesquisar em periódicos daquela época, principalmente os sensacionalistas, como por exemplo, Notícias Populares (1963-2001), mais conhecido como "espreme sangue", para saber que crimes aconteciam - evidentemente - em índices menores.

Outro mito dos "anos dourados" é o saudosismo que a Escola Pública era boa. Como poderia ser boa, se atendia uma parcela diminuta da população e os regidos deveriam entrar mudos e saírem calados?

Quanto os comércio ilegal - na contemporaneidade - nos transportes públicos, existe porque tem consumidores.

Preceito Constitucional garante a todo cidadão brasileiro o direito de ir e vir em todo território nacional.

O que me deixa mais desalentado é que existe uma parcela significativa da população, com este viés higienista.

Caloroso abraço. Saudações anti-higienistas.

Até breve...
João Paulo de Oliveira
Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver, sem véus, sem ranços, com muita imaginação, autenticidade e gozo.

Um comentário:

  1. Antigamente é que era bom.
    Não gosto nada dessa mentalidade e dessa mentira.
    Aquele abraço, boa semana

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