sexta-feira, 3 de abril de 2015

A viagem continua



 ·

    Caros confrades/passageiros com sem véus ou com véus!
    Considero alvissareiro viver numa democracia, porque alguns dos meus patrícios até tem o direito e externarem "saudades" do nefasto regime militar, como fizeram dois leitores que escreveram ao prestigioso periódico "Folha de São Paulo", que desejam a volta dos sombrios anos de chumbo, quando:
    - a censura era implacável nos meios de comunicações e culturais.
    - o constrangimento era constante na vida dos cidadãos, porque aleatoriamente eram submetidos nos meios de transportes e logradouros públicos a revistas forçadas.
    - alguns dos saudosos asseclas dos milicos escreviam às redações dos periódicos, sob severa censura, que publicavam poemas de Camões ou receitas, ao invés das notícias censuradas, para reclamarem que fizeram as receitas publicadas e o resultado foi uma massa disforme.
    - nem piscavam ao assistirem o programa televisivo apresentado pelo repórter Amaral Neto, que em tom ufanista apresentava os "feitos" dos presidentes sangrentos.
    - epidemias, como por exemplo, da meningite era proibida de ser divulgada, bem como acidentes, como da construção da atual pista norte da Rodovia dos Imigrantes, que ceifou a vida de valorosos operários.
    - regentes, que não eram "maus brasileiros, comunistas e terroristas" eram presos, torturados ou assassinados e seus despojos mortais eram enterrados clandestinamente no cemitério de Perus, porque tiveram a "audácia" de dizerem aos seus regidos que vivíamos num país subdesenvolvido.
    - o odioso "Esquadrão da Morte" agia impune para mandar para o beleléu aqueles que condenavam, julgavam e assassinavam.
    - Coronéis, como o Erasmo Dias consideravam que estavam acima do bem e do mal.
    Somente me resta rogar contra os arautos dos anos de chumbo:
    Max! Traga meus sais centuplicado!
    Caloroso abraço! Saudações democráticas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira 
    Um ser vivente em busca do conhecimento e do bem viver sem véus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário