sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Reminiscências do ano de 1962

Caros confrades/passageiros!
Sempre que vejo esta fotografia do ano de 1962, que foi tirada na Casa Pirani, que ficava no bairro paulistano do Brás, na Avenida Celso Garcia, quando este agora reles escrevinhador outonal e insulso professorzinho primário aposentado, era um menino sonhador de 9 anos, lembro com muitas saudades, que nem piscava ao ver a primeira versão televisiva do "Sítio do Picapau Amarelo", "Teatro da Juventude", "Vigilante Rodoviário", "I Love Lucy", "Aventuras Submarinas", "Papai Sabe Tudo", "Além da Imaginação", "Quinta Dimensão", Histórias Maravilhosas Bendix", "Circo do Arrelia", "Capitão Sete", Bat Masterson", "Bonanza", "Combate", "Ivanhoé".
Também naquele ano fiquei aterrorizado com a iminência da 3ª Guerra Mundial por conta da crise dos Mísseis em Cuba.
Estudava no Grupo Escolar Profª Hermínia Lopes Lobo, na Vila Assunção, em Santo André-SP, cursando pela segunda vez o 2º ano primário. Não me perguntem o motivo de reprovação, porque apaguei completamente da minha memória quem foram as professoras daquele fatídico ano e porque fui reprovado, tendo em vista que foram várias professoras... Não consigo entender o motivo da reprovação, levando-se em conta que eu já era um leitor voraz dos livros do Monteiro Lobato e Júlio Verne.
Apesar de atualmente ser incrédulo não posso negar que sou oriundo de uma família católica praticante. Naquele ano estava me preparando para fazer a Primeira Comunhão, que ocorreu no ano de 1963.
Outro fato marcante da minha infância é que desempenhava, com primor, o papel de segurar vela para que minhas irmãs mais velhas pudessem ir ao cinema ou então algumas vezes ao Museu Paulista da USP, que sempre foi conhecido como Museu do Ipiranga. Na condição de vela zeloso eu jurava para as minhas irmãs e ganhava de mimo chocolates, para não contar para a nossa saudosa mãe, que elas pegavam na mão dos namoricos que tinham no escurinho do cinema ou então ao passear nos jardins do Museu Paulista. Claro que quando chegava em casa não passava meia hora e eu contava tim por tim para minha mãe sobre os namoricos, bem como que "as meninas", como carinhosamente chamo minhas irmãs mais velhas, pegaram na mão deles. Dava o maior bafafá... Em pensar que na contemporaneidade não é a mão dos namoricos que as moçoilas pegam...
Caloroso abraço! Saudações memorialistas/familiares!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
 



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