quarta-feira, 3 de outubro de 2012

As Vedetes do Teatro de Revista

Caros confrades/passageiros!
Já que o Detetive Pardal está a investigar os passos da lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe e tudo vê, na libertina noite paulistana, fiquei com saudades das vedetes do Teatro de Revista! 
Daqui a pouco meu dileto Detetive Pardal fará um relatório circunstanciado das Vedetes do Teatro de Revista! Vamos conhecer "As Certinhas do Lalau"?!... Ulalaaaaaaaaaaaaaá!

8 comentários:

  1. Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
    O Inspector Pardal que também gosta muitos de Sassaricá, deu conta que essa bela revista produzida pelos excelentes autores Walter Pinto, Freire Júnior e Luís Iglesias, tiveram à pega com a censura em 1952 sendo-lhe cortadas as seguintes partes da revista:

    Figurinha - Entra dentro de música perseguida pelos bois

    Ele - canta - Figurinha dificil, minha doce ilusão, és a chave do meu coração, Figurinha difícil, tu és interessante, garrafinha de refrigerante

    Ela - garrafinha de refrigerante, destas grandes paixões ja receia

    Eles - E não queres garota ser minha

    Ela - Vocês querem é tirar a tampinha, e a garrafa depois deixar cheia

    Eles - oh, oh, oh, oh, oh

    Ela - ah, ah, ah, ah, ah

    Não me fuja, não me fuja garrafinha

    Ela - Vocês querem é tirar a minha tampinha depois de um beijinho, garoto sedutor, eu dou-te um retratinho, para o albúm do seu grande amor
    1 garoto - em frente ao velho - Lalau, Lalau - empurra-o e sai

    Velho - Lalau é pau, que culpa tenho eu de ser bonito - mete a mão no bolso, puxa a carteira e contando as notas

    Figurinha - chegando-se a ele - Quantos camarõezinhos, está para mim

    Velho - Está as ordens, porque a maré esta cheia

    Figurinha - posso mergulhar

    Velho - A vontade

    Figurinha - Ja sei que procura a chave para o seu albúm

    Velho - Pode ser, ou está difícil

    Figurinha - Interessa-lhe a tampinha, eu quero é me refrescar, eu boto a boca na garrafa (vide peça)

    Figurinha - Onde

    Velho - Em Caxias

    Figurinha - Do David da Ruth

    Velho - misterioso e rindo - Do Tenório

    Figurinha - Para figurinhas

    Velho - Não, para figurões, muita gente boa tem chupado as balas do Tenório

    Figurinha - O sr não chupa

    Velho - Não, eu não passo por lá, eu passo por cima e elas dão bons premios

    Figurinha - Ja sei, rádios, maquinas de costura, televisão

    Velho - pois sim, dão até geladeira e casa para morar com cinco anos de contrato (vide peça)

    Não vem cá, benzóca - passa-lhe a mão pela cabeça

    Velho - Isso, passa a mão na moleira

    Figurinha - Está mole

    Velho - Pudera, com esse tempo, passou a mão na moleira me leva

    Figurinha - Você deixa mesmo o Montépio, deixa

    Velho - Bem, compreende, depende de uma conversa, sim, porque, compreende, tudo depende de um sacrifício, não se arranja nada sem um sacrifício

    Figurinha - Qual é, heim, benzóca

    Velho - rindo - O Montépio exige um sacrifício

    Sempre violento - Ai que vida triste tão cruel, tem o homem que apanhe papél, a sua procissão é um buraco, só pode ir para casa, depois que encher o saco.
    O Pardaleco anda investigando e dará notícias em breve.
    Para já fica na revista.
    Abraço amigo

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  2. Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
    O Teatro de Revista surgiu em Paris nos finais do século XVIII, tendo sido um enorme sucesso que se entendeu a outros países tal como Brasil no século XIX.
    O Teatro de Revista no Brasil tal como em Portugal, era um local onde censura mais actuava, mas também os grandes autores sabiam dar a volta e conseguiam passar a sua mensagem para tal tinham um painel de artistas fabulosas que chamavam os espectadores. A maior de todas as vedetes foi Carmem Miranda; as mais ousadas, Luz del Fuego e Elvira Pagã. Virgínia Lane ficou famosa por ter sido supostamente amante do presidente brasileiro Getúlio Vargas. Outras também famosas são Carmem Verônica, Viola Simpson, Marly Marley, Anilza Leoni, Maria Pompeu, Íris Bruzzi e Renata Fronzi.
    O Inspector está recordado de ver algumas revista onde entrava a portuguesa mais brasileira, Carmem de Miranda.
    Porém em Portugal viu muitas e ficou fã a 100%, já que esteve em contacto directo com muitos e muitas das famosas artista que nelas participavam, tal como Camilo de Oliveira, Marina Mota, Ivone Silva entre outros.
    Os Teatros em Portugal estavam situados em Lisboa, porém as revista percorriam o país e dessa forma, nas grandes cidades todos podiam ter o previlégio de ver as beldades e sátiras nelas compostas, o que levava aos agentes da Pide a estrem sempre atentos e fazer a censura, mas mesmo assim muita coisa passou e foi do agrado do público em geral.
    Abraço amigo cá do menino de revista, pardal voando num mundo de encanto.

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  3. Foram muitas as vedetas que Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislau Ponte Preta que escolheu para a sua revista entre elas De 1954 a 1968 foram 142 as selecionadas. Dentre outras, Aizita Nascimento, Betty Faria, Brigitte Blair, Carmen Verônica, Eloina, Íris Bruzzi, Mara Rúbia, Miriam Pérsia, Norma Bengell, Rose Rondelli, Sônia Mamede e Virgínia Lane.
    Esta bela revista esteve em cena durante vários anos.
    Abraço amigo

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  4. Estimado amigo António Cambeta!
    Quero ver a hora que o Detetive Pardal me apresentar a conta referente as suas sempre circunstanciadas investigações!
    Caloroso abraço! Saudações pardalianas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  5. Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
    As investigações do Inspector Pardal não necessitam de serem pagas, é sempre com imenso prazer, que através das investigações fica a conhecer melhor a sua amada cidade, como tal a conta é paga dessa forma cultural e informativa.
    Percorrendo as vielas e recantos de S.Paulo, sempre encontra algo de novo para explorar, e por sinal, quer o destino que o Pardal se cruze, amiudamente com a Lambisgoia, terá que ir até à Cripta da Sé solicitar os óptimos préstimos do cacique, para afastar a Lambisgoia e a postar fechada na cabine 5, do famoso Expresso do Oriente, conjuntamente com o Coronel, numa viagem até Vila Socorro, afim de ela aprender a não interferir na vida do Ilustre Prof. e deixar em paz cá o Pardal.
    Abraço amigo

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  6. Estimado amigo António Cambeta!
    Ufa! Ainda bem que os valiosos préstimos investigativos do Detetive Pardal são por conta da nossa amizade e desejo de conhecer a sempre palpitante Região Metropolitana de São Paulo!
    Pedirei ao Max para ficar atento as ações da lambisgoia da Agrado na Cabine nº 5 deste vagão do Expresso do Oriente!
    Caloroso abraço! Saudações agradecidas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  7. O Teatro de Revista, em Portugal, perdeu muito com a Revolução do 25 de Abril de 74 ! :((
    A "Revista" vivia muitíssimo da piada "encapotada" disfarçada, implícita, nos textos que eram construídos para passar na censura. Estávamos sempre na expectativa da "leitura entre-linhas" que pudesse escapar ao lápis vermelho dos censores ! eheheh
    Depois do 25 de Abril, com a liberdade de imprensa, nem os próprios autores se conseguiram adaptar a essa liberdade e a Revista foi aos poucos perdendo a graça !

    Tive sempre uma grande dúvida : Se a Revista apareceu 1º no Brasil ou em Portugal ! (???)...

    Abraço !
    .

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  8. Estimado amigo Rui da Bica!
    Também fiquei com esta dúvida ao pesquisar o endereço eletrônico
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_Revista
    porque aqui informa que foi em 1859, quando éramos súditos do meu amado Imperador Dom Pedro II, e no reino distante além-mar diz que foi no final do século XIX, mas não aponta o ano. Deduzo que surgiu primeiro aqui e alguns anos depois na sua banda.
    Caloroso abraço! Saudações musicais!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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