quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sra. Edwiges Fontana Coelho e Major Telmo Coelho Filho



Caros confrades/passageiros!
Tenho a grata satisfação de apresentar-lhes a tia da minha querida amiga Gloria Policano, carinhosamente conhecida como Glorinha,
à Sr.ª Edwiges Fontana Coelho, irmã da Sr.ª Mocita (mãe de Glorinha) e o seu marido, o Major Telmo Coelho Filho!
Tia Edu, como era carinhosamente chamada, foi eternizada  nesta fotografia durante um passeio pela Av. São João, no dia 19 de março de 1935.
A julgar pelo maravilhoso sorriso que ela esboça, o dia deve ter sido muito prazeroso.
Obrigado Glorinha, por compartilhar conosco a lembrança de sua querida tia!
Ela traz toda a elegância das mulheres da década de 30.
A lambisgoia da Agrado, aquela mexeriqueira mor que tudo sabe e tudo vê, ficou sôfrega para saber o que a Srª Edwiges carregava na bolsa!
Caloroso abraço! Saudações memorialistas/familiares!
Até breve...
João Paulo de Oliveira

"A nossa incomparável Edu

Seu nome? Edwiges Fontana Coelho, a nossa incomparável Edu, que adentrou a Academia Campineira de Letras e Artes em 08/08/87.
Edu, era uma criatura feita de forma especial para servir à humanidade, tal a personalidade multifacetada que possuía. Quem a conheceu declamando poemas humorísticos, fazendo rir às escâncaras e às vezes até sem reservas, jamais poderia imaginar o lirismo transbordante que ia dentro do seu ser.
De uma inteligência privilegiada e de uma vivacidade que extrapolava em todos os seus gestos, muito jovem foi a primeira professorinha leiga, alfabetizando crianças de escolas municipais, nas zonas rurais. E aí a facilidade que tinha na pronuncia caipira de seus poemas caboclos, tirados quase todos da convivência com aquela gente simples e humilde.
Edu, apesar de sua existência sofrida, não guardou da vida ressaibos de amargura, mesmo de desencanto. Pelo contrário, sentia-se uma criatura feliz e realizada.
Sempre tinha uma palavra amiga para aqueles que a procuravam. Isso fazia parte de sua filosofia de vida porque certa estava de que “alegria dividida é mais alegria; dor repartida é menos dor.”
Casou com Telmo Coelho Filho, que se tornou Major do Exercíto e hoje é patrono de uma escola em Osasco/SP e dá nome ao Pavilhão de Esportes do Círculo Militar de Campinas. Além dos quatro filhos que teve, tomou outros por empréstimo, sem contar um sem número de criaturas que estudaram em sua casa, na vaga sempre disponível, dentro do seu enorme coração.
Viveu quase 10 anos em Avaré, sempre escrevendo para a imprensa local numa coluna chamada Seara Feminina. Lá produziu seus melhores sonetos e ao despedir-se da cidade, onde passou os melhores dias de sua vida, escreveu chorando a tristeza da partida, parodiando seu patrono Paulo Setubal:” Foi aqui, nesta Avaré distante, / cheia de flores, toda colorida, / que vim viver, sem lagrimas, nem dores, / a página melhor da minha vida.”
Para Socorro, terra em que nasceu, escreveu inúmeras crônicas e até estes belíssimos versos, publicados também no jornal da cidade:
Sei que a ti eu voltarei um dia./ Quero dormir o sono derradeiro, / à sombra amiga do cipreste, ; em sete palmos do teu chão querido.”
Tua alma, liberta para o vôo, paire sobre o céu da tua Campinas, para sentires ao longe o quanto foste amada por todos; para sentires de perto o quanto Deus te abençoou pelo bem que espalhaste, pela alegria imensa que só tu sabias levar aos tristes e desesperançados de todos os caminhos.
(Arita Damasceno Pettená – Livro “EDU, DE CORPO E ALMA” )
Originalmente, esse texto estava no presente, Edu faleceu em 19/03/88
Seus restos mortais, conforme sua vontade, descansam na cidade de Socorro/SP
“No poeta, a infância não acaba nunca. Só ele e as crianças são capazes de ver nos pirilampos que iluminam a mata, estrelas caídas do céu.”
Eu sou a eterna criança...
Quero permanecer na roda de rua e cantar como antes, de alma pura e coração liberto:
“Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar.”
“Ninguém morre enquanto vive no coração de alguém”
(Edu)"

Meus outonais olhos ficaram marejados ao conhecer a radiante história da Srª Edwiges!
Na segunda fotografia onde ela foi eternizada ao lado do grande amor da sua vida, o Major Telmo Coelho Filho, que nomeia uma escola no município de Osasco, deixou-me propenso a divagar sobremaneira ao me deparar com o encantador casal, que estavam no auge da juventude e certamente fazendo juras de amor!
A encantadora Srª Edwiges me fez lembrar da inesquecível atriz Claudette Colbert(1903-1996)!            
LUZES! CÂMERAS! AÇÃO!


7 comentários:

  1. Obrigada pelo carinho!
    Tão logo possa, embarco no Expresso Oriente !
    Abraços

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  2. Há semelhanças físicas inegáveis.
    Esta rubrica, com estes tesouros, é ela própria uma pérola.
    Grande abraço!!

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  3. Boa tarde...fui dama de companhia da Edwiges...morava na casa dela...quantas saudades...

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    1. Boa tarde..também fui dama de companhia...morei na casa dela...como seu nome?

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  4. Lembro da Elenice que morou na casa dela e a Benê

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