terça-feira, 9 de abril de 2013

Reminiscências

Caros confrades/passageiros!
Quando fui eternizado nesta fotografia, no ano de 1962, minhas irmãs mais velhas somente podiam sair de casa se eu fosse segurando vela...
Íamos nos extintos (infelizmente...) Cines Carlos Gomes ou Tangará, na minha cidade de nascença, Santo André-SP...
Elas também subiam e desciam a Rua Coronel Oliveira Lima flertando com os mancebos, que usavam topete imitando o Elvis Presley (1935-1977)...
Outro passeio era o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga...
Claro que eu era um vela zeloso...
No escurinho do cinema a ousadia maior das minhas irmãs era pegar na mão do namorico da vez... Sem titubear, eu jurava, que guardaria segredo, e em contrapartida me lambuzava de tanto consumir barras de chocalates que minhas irmãs me davam para selar minha promessa que nada contaria para a nossa saudosa mãe (1923-2008)...
Quando chegávamos em casa não passava uma hora e este linguarudo, digo, vela zeloso, contava tim por tim o que ocorrera no período que eu estava representando o papel de vela zeloso...
Dava o maior bafafá...
Em pensar que na contemporaneidade não é na mão que as moçoilas pegam no primeiro encontro...
Enquanto isto fazia sucesso estrondoso na Fascinante Arte das Imagens em Movimento:
                               LUZES! CÂMERAS! AÇÃO!
                        

10 comentários:

  1. eheh... Olhe que ainda mantém algumas semelhanças ! :))
    Eu, por acaso, nunca segurei vela, mas também, sempre que saía com a Lena, nunca faltavam velas, atrás, à frente, ou ao lado ! :))
    ... mas havia sempre maneira de as fazer "dar uma volta" ! eheheh ... ficavam era bem caras, mas fazia-se o que era possível ! rsrsrs

    Abraço ! :)))
    .

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  2. Caro amigo Rui da Bica!
    Na contemporaneidade somente restaram as reminiscências!
    Caloroso abraço! Saudações zelosas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  3. Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo

    Portugal esse deixei !...
    mas o tempo para mim não parou
    e na vida continuei
    vivendo amando e cá estou

    As horas, para mim, fazem parte dos dias
    e acumuladas fazem anos
    trazendo-nos recordações e saudades
    vivências, amores e desenganos

    O tempo jamais a trás voltará,
    recordo sim o que vivi
    e imensa pena me dá
    daquilo que realizar não consegui

    Minhas esperanças não são vãs
    e na vida prosseguindo
    vendo raiar o sol todas as manhãs
    e, embora fraco o caminho sou seguindo

    O passado e o amor são bem iguais
    que nos invadem de nostalgia
    quando partem não voltam mais,
    é uma lição de psicologia

    Seguindo o eco dos meus passos
    sem ter à espera a saudade
    vivendo sem seus enlaços
    é essa a minha vontade

    Que o tempo vá prosseguindo,
    pois a trás não voltará,
    e eu continue a ouvir o seu batido
    deste coração que cansado já está

    Agora, na terceira idade
    cheia de recordações,
    presiste em ter lugar a saudade
    cheia de vida e de emoções

    Que Deus me vá permitindo
    mais uns anitos para viver
    já que o tempo volvido
    esse jamais o poderei obter.

    Abraço amigo, saudações pardalescas

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  4. Caro amigo António Cambeta!
    Meu outonais olhos ficaram marejados ao me deparar com este sensibilíssimo poema!
    Caloroso abraço! Saudações emocionadas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  5. Estimado Confrade e Ilsutre Prof. João Paulo
    O Pardal por vezes é tocado pela musa e a veia poetica vem ao de cima, versátil, mas parco, com suas simples palavras tenta transmitir seus sentimentos, que serão igualmente comuns a muita gente. peço desculpa de uma vez mais o ter sensibilizado e feito marejar seus belos olhos.
    Daqui a pouco seguirei para Macau, por lá o tempo está frio e de chuva, irei apanhar um choque termico, espero encontrar um céu de brigadeiro em mais esta viagens pelos céus do oriente.
    Abraço amigo

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  6. Caro amigo António Cambeta!
    És um poeta supimpa!
    Desejo-lhe uma ótima viagem de retorno a Macau!
    Caloroso abraço! Saudações poéticas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  7. Já eu, que possuia uma bela irmã, era bem tratado pelos galãs das meninas...
    Com isso consegui algumas vantagens, como, andar em carroes sofisticados, lambretas e - o que era gostoso- me puxavam o saco...

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  8. Guardar vela em troca de chocolates?
    Está bem pensado.
    Eu sempre disso que o Mundo é dos espertos!! :)))
    Aquele abraço!

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  9. Caro amigo Todesca!
    Estas reminiscências são indeléveis!
    Caloroso abraço! Saudações saudosas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  10. Caro amigo Pedro Coimbra!
    Sem dúvida!
    Caloroso abraço! Saudações espertalhonas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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