segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tudo passa...


Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles



6 comentários:

  1. Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
    Mais um magistral poema da musa poetica Cecília Meireles, que muito apreciei.
    Lendo com calma o belo poema e olhando-nos ao espelho, vemos nele reflectidas todas essas profundas palavras.
    O meu Ilustre Confrade encontrava-se por certo no camarin para ir visitar a sua sempre e inesquecivel amada Gene, e estava miradando seu rosto com receio de encontrar alguma ruga!....
    Adorei as fotos e o maravilhoso poema.
    Abraço amigo

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  2. Estimado confrade e amigo António Cambeta!
    Certamente você também fica estupefato quando se dá conta que o tempo passou com celeridade?!... Só nos resta as reminiscências...
    Caloroso abraço! Saudações reminiscentes!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  3. Caro professor. como diz o ilustrado Todesca: "Nada é para sempre."
    Saudações solidárias..

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  4. Cara confrade Cristina Fonseca!
    Esta consciência que é desalentadora...
    Caloroso abraço! Saudações realistas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  5. Presados amigos !
    Permitam-me mostrar um pensamnto sobre a Cecilia Meireles,
    do ilustre Carlos Drummond de Andrade:
    "Distância, exílio e viagem transpareciam no sorriso benevolente com que aceitava participar do jogo de boas maneiras da convivência,
    e era um sorriso de tamanha beleza,
    iluminado por um verde tão exemplar de olhos
    e uma voz de tão pura melodia,
    que mais confirmava,
    pela eficácia do sortilégio,
    a irrealidade do indivíduo".
    Abraço a todos.
    Todesca

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  6. Estimado amigo Todesca!
    Como é alvissareiro tê-lo como interlocutor!!!!
    Caloroso abraço! Saudações poéticas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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