sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Évora, cidade portuguesa com certeza!















Caros(as) confrades!
Dedico esta postagem ao meu estimado confrade e amigo António Gambeta, residente em Macau, mas que veio à luz, neste maltratado e fascinante mundo, em Évora, cidade portuguesa com certeza! Não vejo a hora de conhecer o reino distante além-mar, porque quando lá estiver pretendo flanar dias e dias por cidades, como a encantadora Évora, localizada na regiao do Alentejo, riquíssimo patrimônio cultural, que nos reporta ao distante tempo que os romanos domimavam a Península Ibérica!!!!...
Ave César!!!!!!...

PS - Com a devida anuência do ilustre cidadão alentejano, o meu estimado confrade e amigo António Gambeta, publico sensibílissimos poemas de sua autoria:


"Na Rua Mendo Estevens nasci
em pleno coração da cidade
foi aí, no Farrobo, que cresci
e passei minha mocidade

Évora cidade museu
Património Mundial
berço que já foi meu
nesse nosso belo Portugal



Ternura dos 60

Aí que ternura,
aí que saudade
de toda aquela loucura
vivida na mocidade.

O que tinha para dar tudo dei
entregando o meu coração,
fui traído bem o sei
começou minha paixão.

Loucuras outras vivi
bem longe da terra natal
amigos nunca esqueci
nem do meu amado Portugal.

Foram tantas as etapas
que na vida percorri,
muitas cheias de dificuldades
mas todas elas venci.

Quando penso que envelheci
sem fronteiras de solidão,
afasto de mim o que sofri
afago as penas do coração.

Rugas se foram criando
perdendo a juventude
o cabelo foi branqueando
ficando em mim a virtude.

Meio século volvido está
e à vida continuo amarrado
o resto só Deus saberá
e os sessenta ultrapassado.

Quem eu era e o que sou
é a ternura dos sessenta,
ser pai e ser avô
caminhando para os setenta.


Não vivo na nostalgia
e o presente vou vivendo
revejo tudo o que escrevia
sempre com contentamento.

Aos netos quero transmitir
minha vida, minha experiência
com eles quero repartir
toda a minha vivência.

Não sei quando partirei,
mas isso já pouco importa,
saudades talvez deixarei
debaixo da minha porta.

Com ternura vou vivendo
nesta nova mocidade
e aos poucos desfalecendo
nos braços da terceira idade.

Quem na vida não soube amar
pouco ou nada tem para dizer,
mas é sempre bom recordar
como foi nosso viver.

Tive tempo e o vivi
com toda a sua ilusão,
mocidade essa a não perdi
a levo no coração.


Hoje com saudade e nostalgia
revejo tuas ruas, tuas calçadas
do tempo que lá vivia
e as pessoas minhas amadas

Vejo a Sé Catedral
as ruínas do Templo de Diana
a Praça do Geraldo monumental
por onde andou Vasco da Gama

Passeio pelas vastas e belas arcadas
descanso no Palácio Real,
visito S. Francisco e suas ossadas
passo pela palacio do Cadaval

Locais estes bem meus conhecidos
nessa cidade Alentejana,
por mim muitas vezes percorridos
cheia de cultura Romana

As Portas de Moura e sua fonte
o jardim do (bacalhau) Paraíso
as vislumbro em meu horizonte
parecendo ver o seu sorriso

Para bem longe parti
mas jamais te esquerei
pois foi aí que eu nasci
e para sempre te amarei

Nessa bendita terra
repousa o corpo de meu pai
é essa mistica que tudo encerra
e de minha mente nunca sai.

««««««««««««««««««««««««««««««««««««««
Como disse Florbela Espanca :"



"Évora

"Évora! Ruas ermas sob os ceús
Cor de violetas roxas... Ruas frades
Pedindo em triste penitência a Deus
Que nos perdoe as míseras vaidades!

Tenho corrido em vão tantas cidades!
E só aqui recordo os beijos teus,
E só aqui eu sinto que são meus

Os sonhos que sonhei noutras idades!

Évora... o teu olhar... o teu perfil...
Tua boca sinuosa, um mês de Abril,
Que o coração no peito me alvoroça!

.. em cada viela o vulto de um fantasma...
E a minh`alma soturna escuta e pasma...
E sente-se passar menina e moça....”



"Évora cidade museu
cândida, cheia de história
lá o poeta nasceu
pobre, sem fama, mas com glória

Por António Manuel foi baptizado
e no famoso Farrobo viveu
sempre por todos estimado
novo destino Deus lhe deu

Jovem de Évora partiu
para a pátria defender
muitas saudades sentiu
mas era esse o seu dever

De lá saiu, não mais voltou,
tal Camões do Paço escorraçado
no Oriente outro amor encontrou
e a ele ficou amarrado

Nos sete máres navegou
cumprindo sua obrigação
Évora e seu Alentejo não olvidou
tal como os portugueses de antão

Na diáspora ficou vivendo
nova família formou,
hoje, vendo suas nétinhas crescendo
e amando como sempre amou

Velho e cansado vai ficando,
mas na vida vai prosseguindo
e como sempre recordando
e novas experiências adquirindo

Muitos são já os anos,
quase meio século é passado
entre amores e desenganos
mas por todos sempre estimado

Em seu coração permanece a dor
muito difícil de explicar ou curar!...
o porquê da perda de seu amor
quando em Macau era militar"


É impossível não se emocionar com os sensibílissimos poemas de autoria do meu estimado amigo António Gambeta!!!! Vida longa e vigorosa para este alentejano que nos dá esperanças de dias melhores!!!!!...
Que a deusa da Justiça e da Sabedoria o tenha como pupilo sempre!!!!

8 comentários:

  1. Querido amigo João!

    Belíssima homenagem fizeste ao António.
    Divido com você o desejo de conhecer as terras portuguesas, berço de meus finados pai e avô paterno.

    Abraços lusitanos,
    Fatima

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  2. Carissimo Confrade João Paulo,
    Eu ver tão belas imagens de minha cidade natal, as lágrimas me correram pelas faces.
    Fico imensamente grato, por dar a conhecer essa bela cidade de Évora "Cidade Museu" onde tive o previlégio de pela primeira vez a luz do dia.
    O meu sincero muito obrigado.

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  3. Caríssima amiga Fátima Ribeiro!
    Já pensou o deleite inefável se tivermos a prerrogativa de visitarmos o reino distante além-mar na mesma época?
    Caloroso abraço! Saudações Saramagoianas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  4. Estimado confrade e amigo António!
    Que bom saber que você gostou da homenagem que lhe fiz!!! Na verdade os felizardos somos nós, que temos a prerrogativa de ficarmos encantados com sua cidade de nascença, a renomada Évora, importantíssimo patrimônio cultural!!!!!...
    Caloroso abraço! Saudações alentejanas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  5. Évora cidade museu
    cândida, cheia de história
    lá o poeta nasceu
    pobre, sem fama, mas com glória

    Por António Manuel foi baptizado
    e no famoso Farrobo viveu
    sempre por todos estimado
    novo destino Deus lhe deu

    Jovem de Évora partiu
    para a pátria defender
    muitas saudades sentiu
    mas era esse o seu dever

    De lá saiu, não mais voltou,
    tal Camões do Paço escorraçado
    no Oriente outro amor encontrou
    e a ele ficou amarrado

    Nos sete máres navegou
    cumprindo sua obrigação
    Évora e seu Alentejo não olvidou
    tal como os portugueses de antão

    Na diáspora ficou vivendo
    nova família formou,
    hoje, vendo suas nétinhas crescendo
    e amando como sempre amou

    Velho e cansado vai ficando,
    mas na vida vai prosseguindo
    e como sempre recordando
    e novas experiências adquirindo

    Muitos são já os anos,
    quase meio século é passado
    entre amores e desenganos
    mas por todos sempre estimado

    Em seu coração permanece a dor
    muito difícil de explicar ou curar!...
    o porquê da perda de seu amor
    quando em Macau era militar

    Évora e seus habitantes honrados ficarão com a sua ilustre presença.

    Eu, a última vez que estive em Évora foi no nao de 2006, e por motivos de saúde, não voltarei jamais, à tão bela cidade cidade que de berço me serviu.
    Um abraço sincero e amigo

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  6. Estimado confrade e amigo António Gambeta!
    Fiquei emocionadíssimo com mais este sensibílisso poema, que coloquei também juntamente com os demais na postagem!
    Caloroso abraço! Saudações alentejanas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  7. Caro amigo e professor..

    Os poemas de seu amigo e ilustre passageiro deste Expresso são a expressão da alma portuguesa. Fiquei com vontade de seguir com vocês nessa viagem às terras de além mar, berço de meus antepassados.
    Meus cumprimentos ao Sr. António pela sensibilidade poética.
    bjosss

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  8. Cara confrade e amiga Cristina Fonseca!
    Você precisa conhecer os imperdíveis espaços cibernéticos do ilustre alentejano, morador de Macau, o valoroso António Gambeta!
    Caloroso abraço! Saudações poéticas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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